Reconhecida como o maior ponto de comercialização de pequi por safra no país, a Ceasa Goiás promove, no dia 23 de outubro, a 5ª edição da Festa do Pequi, em Goiânia.
A programação reúne música, culinária regional e ações de valorização da sociobiodiversidade do Cerrado.
5ª edição da Festa do Pequi

O evento, que marca o Dia Estadual do Pequi, começa às 8h no entreposto localizado no Jardim Guanabara, com entrada gratuita. A abertura será conduzida pelas Fiandeiras de Caldazinha, grupo tradicional que dá o tom das celebrações com cantorias típicas.
Durante a manhã, o público poderá acompanhar uma série de apresentações culturais, incluindo a Orquestra de Violeiros de Goiás, a Junina Balancê do Cerrado e o Projeto Palco Aberto, criado na edição anterior da festa, que dá espaço para artistas da própria Ceasa mostrarem seus talentos.
Os shows musicais ficam por conta de Ronny Castelo e Rayan Barreto, que encerra o evento com uma apresentação especial em formato voz e violão.
Ao meio-dia, será servido um almoço com pratos à base de pequi, reafirmando o protagonismo gastronômico do fruto símbolo do Cerrado e a hospitalidade goiana.
Para o presidente da Ceasa Goiás, Carlos Alberto Oliveira (Carlão da Fox), o evento é uma oportunidade de celebrar a identidade regional.
“Tudo foi preparado com muito amor e dedicação, para que o público viva uma experiência única, com sabor, cultura e hospitalidade, do jeito que o goiano sabe fazer.”
Produção

A Festa do Pequi também celebra o papel de destaque da Ceasa Goiás no mercado nacional. Só na safra de 2025, que compreende os primeiros e últimos meses do ano, foram 2.266 toneladas comercializadas, movimentando mais de R$ 4 milhões. A expectativa é que o volume triplique até março de 2026, com o avanço da colheita em diferentes regiões produtoras.
A temporada do pequi se estende tradicionalmente de setembro a março. As primeiras remessas chegam do Tocantins, seguidas da safra goiana, com destaque para municípios como Porangatu, Crixás e Santa Tereza, e, mais adiante, dos produtores de Minas Gerais.
Além da culinária, o pequi vem ganhando espaço em setores como a cosmética e a bioeconomia. O óleo extraído da polpa e da amêndoa, rico em nutrientes, é usado na fabricação de produtos capilares, hidratantes e alimentos funcionais, impulsionando pesquisas e agregando valor à cadeia produtiva.
Apesar disso, o pequi enfrenta ameaças. Segundo o gerente da Divisão Técnica da Ceasa, Josué Lopes, a redução das áreas de coleta e as dificuldades de regeneração do pequizeiro podem comprometer a oferta do fruto no futuro.
“A redução de áreas de coleta e os desafios de regeneração do pequizeiro tendem a afetar a oferta no médio prazo se não forem enfrentados com políticas direcionadas especialmente a essas áreas.”, alerta.
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