A Polícia Civil de Goiás realizou, entre os dias 10 e 15 de outubro, a Operação Cartada Final, com o objetivo de desarticular uma quadrilha interestadual envolvida em fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro.
A ação foi conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc).
Fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro

As investigações apontam que o grupo atuava em Goiás e no Pará, entre 2022 e 2024, aplicando golpes de grande impacto financeiro.
As fraudes incluíam a emissão de boletos falsos, clonagem de cartões e o uso de contas bancárias de terceiros para esconder a origem dos valores obtidos ilegalmente.
Durante o cumprimento dos mandados de busca, foram apreendidos materiais digitais que revelam a estrutura e a divisão de tarefas dentro da organização criminosa.

Segundo a Polícia Civil, o grupo contava com a participação de um agente de segurança pública do Pará, suspeito de repassar informações sigilosas e de coagir vítimas a transferirem dinheiro.
Essas vítimas, em muitos casos, eram os próprios “laranjas” utilizados pelo esquema. Quando se recusavam a repassar os valores, eram ameaçados ou agredidos para efetuar as transferências.
As investigações também mostram que cada integrante tinha uma função específica, que variava desde a criação de boletos falsos até a abertura de empresas de fachada e movimentação de valores em bancos digitais. O grupo mantinha um fluxo intenso de transações e usava diversas contas e identidades para dificultar o rastreamento do dinheiro.
Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, o portal não conseguiu localizar a defesa.