A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) confirmou nesta sexta-feira (3) três casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado. Dois dos pacientes estão intubados e em estado grave.
Além de Goiás, também há casos suspeitos em São Pulo, Bahia, Paraná, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. No total, 11 casos foram confirmados, todos em São Paulo.
O metanol é um tipo de álcool presente em solventes e em algumas formulações químicas, mas representa grande risco quando ingerido.
Casos suspeito de intoxicação por metanol em Goiás
O primeiro caso é de uma jovem de 25 anos, moradora de Itapaci, que ingeriu bebida alcoólica em casa e também durante um passeio em família em uma cachoeira em Guarinos. Ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu.
De acordo com o secretário de Saúde, Rasível Santos, a paciente reagiu mal aos medicamentos e precisará passar por sessões de hemodiálise. O pai e o irmão, que também consumiram a bebida, não apresentaram sintomas.
O segundo caso é de um jovem de 20 anos, internado desde quinta-feira (2) no Hospital Estadual de Formosa. Ele apresentou visão turva, náusea e vômito após ingerir vodka. A SES informou que ele segue em observação no pronto-socorro. A Polícia Civil foi acionada para colher depoimento do paciente e investigar a origem da bebida.
Já o terceiro paciente é um homem de 47 anos, morador de Padre Bernardo, que deu entrada no hospital na madrugada desta sexta-feira (3). Ele está internado em estado grave no Hospital Santa Maria, no Distrito Federal, com insuficiência respiratória aguda, rebaixamento do nível de consciência e pneumonia broncoaspirativa, necessitando de intubação.

A SES destacou que as equipes de saúde acompanham de perto a evolução clínica dos três pacientes e reforçou o alerta para os riscos do consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa.
Sintomas
De acordo com o Ministério da Saúde, a substância pode causar danos severos ao fígado, ao sistema nervoso central e ao nervo óptico, provocando sequelas como cegueira, perda de consciência e, em situações graves, a morte.
Os efeitos da intoxicação geralmente surgem entre 12 e 24 horas após o consumo, o que dificulta o diagnóstico, já que os sintomas iniciais podem ser confundidos com os de uma ressaca comum. Entre os sinais de alerta estão:
- dor abdominal;
- alterações na visão;
- confusão mental;
- náuseas.

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