Uma operação conjunta das polícias Civil e Militar apreendeu 32 canetas emagrecedoras falsificadas que estavam sendo vendidas por R$ 4,3 mil cada no Camelódromo de Campinas, em Goiânia.
A ação aconteceu na última sexta-feira (29) e resultou ainda em uma prisão e na apreensão de um adolescente. Uma pessoa está foragida.
Canetas emagrecedoras falsas
De acordo com a investigação, as canetas imitavam a embalagem do Mounjaro (tirzepatida), medicamento injetável utilizado no tratamento de diabetes tipo 2 e, mais recentemente, aprovado para controle de obesidade no Brasil.
As autoridades descobriram que as embalagens eram falsificadas dentro do próprio centro comercial, montadas para dar aparência de originalidade.
A Polícia Civil informou que os produtos não possuíam registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que representa grave risco à saúde de quem consome a substância sem controle médico.

A própria farmacêutica Eli Lilly, fabricante do medicamento, já havia alertado sobre os riscos de versões não originais da tirzepatida. Em nota, a empresa reforçou que a compra de medicamentos sem prescrição ou de fontes não autorizadas pode expor pacientes a substâncias adulteradas ou nocivas.
Durante a ação, uma pessoa foi presa e um adolescente apreendido. Outro suspeito, identificado pelos investigadores, continua foragido. As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos no esquema de falsificação e venda ilegal das canetas emagrecedoras.
Comercialização
No Brasil, o Mounjaro começou a ser comercializado em maio deste ano e teve o uso ampliado para tratamento da obesidade a partir de junho, mediante retenção de receita médica.
O preço oficial do medicamento nas farmácias, fora de programas de desconto, chega a R$ 2.384,35 para a dosagem de 5 mg e R$ 1.907,29 para a versão de 2,5 mg, segundo a tabela da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). O produto é fabricado exclusivamente na Europa e importado para o país.
