A Região Centro-Oeste segue enfrentando um cenário crítico de calor intenso, estiagem prolongada e níveis alarmantes de umidade relativa do ar, especialmente em Goiás.
A ausência de chuva significativa, típica deste período do ano, é intensificada pela atuação de uma massa de ar seco que inibe a formação de nuvens e mantém o tempo firme.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas vêm ultrapassando os 35°C em diversas cidades. No dia 25 de agosto, a estação automática de São Miguel do Araguaia registrou 39,1°C.
Além das altas temperaturas, a umidade relativa do ar preocupa. Em algumas localidades, o índice tem ficado abaixo de 20% durante as horas mais quentes do dia, patamar considerado de estado de alerta pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Paraúna, o nível chegou a apenas 9% em 23 de agosto, e em Goianésia a umidade atingiu 13% no dia 25.
O período seco e quente também tem elevado o número de queimadas na região. Em grande parte de Goiás, são mais de 40 dias consecutivos sem chuva. Já no norte do estado, a estiagem ultrapassa 90 dias, cenário que deve se prolongar até o fim do mês, aumentando ainda mais o risco de incêndios.

Impactos na saúde
O calor intenso aliado à baixa umidade afeta diretamente a saúde da população, com maior incidência de problemas respiratórios, irritações nos olhos, ressecamento da pele e risco de desidratação. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas são os mais vulneráveis.
Para reduzir os impactos do tempo seco, especialistas recomendam cuidados simples no dia a dia:
- Beber bastante água ao longo do dia;
- Utilizar soro fisiológico nasal com frequência;
- Aplicar colírios lubrificantes nos olhos;
- Usar cremes hidratantes na pele;
- Manter ambientes limpos e bem ventilados;
- Utilizar umidificadores de ar, especialmente à noite.
