Um homem, de 31 anos, foi preso em flagrante após agredir brutalmente a filha, uma bebê de apenas três meses, na Vila Jaiara, em Anápolis.
A prisão foi efetuada na última segunda-feira (11). A bebê chegou a ser internada em estado grave na UTI, sofreu parada cardiorrespiratória por cerca de 25 minutos, foi reanimada por médicos, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Entenda o caso da bebê agredida pelo pai

De acordo com a Delegacia de Proteção à Criança de ao Adolescente (DPCA) de Anápolis, as agressões teriam acontecido no último domingo (10). O caso foi descoberto depois que o homem levou a menina para a UPA, alegando que ela havia se engasgado com leite.
Na unidade de saúde, a equipe médica suspeitou do relato, pois a criança havia diversos hematomas pelo corpo, incompatíveis com o relato de engasgo. A polícia então foi acionada.
No local, foi realizada uma perícia médica, cujo laudo constatou que a criança apresentava traumatismo crânio encefálico grave, causado por meio de uma ação contundente.
“As evidências e a perícia médica confirmaram que as lesões não poderiam ter sido causadas pela situação descrita pelo pai”, afirmou a delegada Aline Lopes, titular da DPCA de Anápolis.
Devido a gravidade dos ferimentos, a menina precisou ser levada para a Santa Casa de Anápolis e, depois, para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia.
Como o homem estava no hospital, foi dada voz de prisão em flagrante, sendo autuado por homicídio tentado. Com a morte da criança, a tipificação penal sofre alteração, passando para homicídio.
Durante as apurações, a polícia descobriu que o homem estava sozinho em casa com a menina no momento das agressões. Na residência, moravam outros três irmãos, além da bebê, junto com a mãe e o pai. Segundo a delegada, vizinhos relataram episódios de agressões anteriores na residência.

O homem foi recolhido à unidade prisional, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário. O caso segue sendo apurado pela Polícia Civil e a mãe deve ser investigada para apontar se ela tinha ou não conhecimento da situação e se era conivente com as agressões.