O período de férias escolares exige atenção redobrada de pais e responsáveis em relação à segurança de crianças em ambientes com água, como clubes, chácaras, rios e até caixas d’água.
O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, emitiu um alerta sobre o aumento dos casos de afogamento infantil, especialmente entre crianças com até 4 anos de idade.
Afogamento de crianças

De janeiro a maio de 2025, o Hugol registrou 13 atendimentos pediátricos por afogamento. Desse total, 8 vítimas tinham menos de 4 anos e as demais estavam na faixa etária entre 5 e 9 anos. Em 2024, o Hugol atendeu 32 casos semelhantes, sendo que cerca de 70% envolviam crianças com até 4 anos.
Segundo a coordenadora médica da Pediatria do Hugol, Fabiana Calaça, o afogamento evolui rapidamente e pode levar à morte em poucos minutos.
“Quando uma criança tem dificuldades na água, ela aspira líquido pelas vias aéreas, o que compromete a respiração e pode provocar a perda da consciência e parada cardiorrespiratória em questão de segundos a minutos. Mesmo pequenas quantidades de água, como 70 ml, podem ter consequências graves”, explica a médica.
De acordo com a médica, o quadro clínico após o resgate depende da quantidade de água aspirada e do tempo de submersão. Em casos mais leves, a criança pode apresentar apenas desconforto respiratório. Já nos casos graves, há risco de necessidade de internação em UTI.
“A função respiratória é diretamente afetada, podendo haver desde dificuldades leves até necessidade de internação em UTI, com intubação e ventilação mecânica. Casos graves ainda podem evoluir com sequelas neurológicas, pneumonias e, infelizmente, óbito”, detalha Fabiana.
O Hugol orienta que a prevenção é essencial para evitar esse tipo de ocorrência. Entre as medidas recomendadas estão a supervisão constante de um adulto durante atividades aquáticas, o uso de coletes salva-vidas e a instalação de barreiras de proteção ao redor de piscinas.
