A vazão do Rio Meia Ponte entrou em estado de alerta nos primeiros dias de julho, ao registrar média de apenas 8,9 mil litros de água por segundo.
O número preocupa autoridades ambientais, pois está abaixo do limite de 9 mil litros por segundo, considerado crítico para o abastecimento e o equilíbrio do ecossistema local.
Rio Meia Ponte

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o volume de água no rio tem diminuído de forma consistente desde abril, acompanhando o avanço da estiagem.
Naquele mês, a média de vazão foi de 22,2 mil litros por segundo. Em maio, o índice caiu para 12,7 mil, e em junho, desceu ainda mais, para 10,2 mil litros por segundo.
Com a chegada de julho, a situação se agravou. A nova média representa uma redução de 1,3 mil litros por segundo em relação ao mês anterior, o que acende o sinal de alerta para medidas emergenciais de conservação e uso racional da água.
A matéria será atualizada conforme os dados do monitoramento. Pro meio de nota, a Saneago informou que a vazão atual do Rio Meia Ponte, é suficiente para manter o abastecimento de Goiânia dentro da normalidade, atendendo plenamente a demanda da população.
Confira a nota completa
“Goiânia conta com três sistemas produtores, que utilizam dois mananciais: Meia Ponte (captação superficial) e Mauro Borges/João Leite (água represada). Em 2018, 41% da Capital era abastecida com água proveniente do Ribeirão João Leite e 59% pelo Rio Meia Ponte, enquanto atualmente essa proporção é de 64% pelo João Leite e 36% pelo Meia Ponte.
A Estação de Tratamento de Água (ETA) Meia Ponte tem capacidade de tratamento de 2.000 litros por segundo (ou seja, a vazão atual do Rio é suficiente para manter o sistema de abastecimento operando normalmente). Já a ETA Mauro Borges e a ETA Jaime Câmara têm vazão de tratamento de 4.000 L/s e 2.000 L/s, respectivamente – vale destacar que o volume atual de água acumulada na barragem do Ribeirão João Leite está em 96%.
Para maior segurança hídrica e estabilidade no abastecimento dos goianienses, os sistemas estão interligados, por meio de uma adutora de integração. Esta adutora reforça o Sistema Meia Ponte com até 800 litros por segundo. Assim, é possível utilizar água reservada do João Leite para abastecer também bairros atendidos pelo Meia Ponte, caso o manancial registre uma diminuição na vazão.
E estão em fase de conclusão as obras do Conexão Cristina. Um investimento de R$ 64 milhões para implantação de booster e 4,8 km de adutora, que vai possibilitar a integração total entre os sistemas João Leite e Meia Ponte”.