A Polícia Civil deflagrou, nesta segunda-feira (30), a Operação Abraccio, que investiga um grupo criminoso acusado de cometer diversos crimes contra mulheres, como estupro, tortura e divulgação de imagens íntimas na internet.
A operação ocorre simultaneamente no Rio de Janeiro e em outras oito unidades da federação: Goiás, Distrito Federal, São Paulo, Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Piauí e Santa Catarina. Até às 6h45, quatro suspeitos já haviam sido presos.
Crimes de tortura e estupro contra mulheres

As investigações tiveram início na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após o relato de uma mulher que descobriu que imagens íntimas da filha estavam circulando nas redes sociais.
A apuração revelou a existência de um grupo que se organizava por meio da rede social Discord para praticar crimes como estupros virtuais, misoginia e racismo. Parte dos atos era transmitida ao vivo ou gravada e depois compartilhada entre os membros da organização.
Segundo os investigadores, algumas vítimas foram forçadas a se automutilar com navalhas, chegando a escrever os nomes dos agressores na própria pele. Até agora, seis mulheres foram oficialmente identificadas, mas a polícia acredita que o número de vítimas pode ser muito maior.
No mês passado, um dos integrantes foi preso, o que permitiu a apreensão de cerca de 80 mil arquivos entre imagens, vídeos e áudios. A análise do material levou à identificação de outros membros e ajudou a estruturar a operação desta segunda-feira (30).
Os agentes cumprem mandados de prisão e busca e apreensão em diversas cidades, inclusive em Goiás. Celulares, computadores e mídias digitais estão sendo recolhidos para aprofundar as investigações e responsabilizar os envolvidos. O material será periciado e pode acarretar novas diligências.
