O estado de Goiás entra em alerta com a confirmação de um caso de gripe aviária (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade – IAAP) em Santo Antônio da Barra, no sudoeste goiano.
A orientação é que a população fique atenta aos sinais de contaminação de aves e comunique os órgãos competentes em caso de alterações.
Conforme a gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, apesar da confirmação da doença, o consumo de carne de frango e ovos permanece seguro, sem risco de transmissão da doença por meio da alimentação.
“Não há qualquer risco de transmissão da gripe aviária por meio da ingestão desses alimentos”, destaca.
Toledo ainda alerta que é fundamental estar atento aos possíveis sintomas da gripe aviária. Caso sejam identificadas aves com sinais como tosse, espirros, secreção nasal, hematomas nas pernas e músculos, inchaço nas articulações das pernas, crista ou barbela com coloração arroxeada ou avermelhada, dificuldade de locomoção, andar em círculos, diarreia ou sinais de desidratação, é necessário acionar os órgãos responsáveis.
No caso das aves de postura, também pode ocorrer redução na produção de ovos e mudanças na aparência das cascas. Diante de qualquer suspeita, a recomendação é notificar imediatamente pelo WhatsApp (62) 98164-1128.
A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) de Goiânia também orienta a população a não tocar ou manipular aves encontradas, especialmente aquelas com sinais de adoecimento. A manipulação deve ser feita por profissionais com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Caso de gripe aviária em Goiás
O foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) confirmado em Santo Antônio da Barra levou o governo estadual a adotar uma série de medidas emergenciais para conter a doença.
O caso teve início em 9 de junho, quando a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) recebeu a notificação da morte de cerca de 100 galinhas em uma pequena propriedade rural. As aves apresentavam sintomas como asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória, apatia, diarreia e inchaço na face.
Em menos de 12 horas após o alerta, a Agrodefesa interditou o local e coletou amostras para análise, conforme os protocolos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA). A confirmação da doença foi feita na sexta-feira (13), após exames realizados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A Agrodefesa então criou o Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo). O órgão reúne especialistas em sanidade animal, logística, fiscalização e planejamento, permitindo uma atuação mais integrada.
As ações envolvem o monitoramento de aproximadamente 180 propriedades no entorno da área afetada, além da instalação de barreiras sanitárias, controle de trânsito de aves, ovos e materiais avícolas, e a suspensão temporária de feiras e exposições com aves vivas na região.
Foram definidas duas zonas de vigilância: uma de raio de 3 quilômetros (zona perifocal) e outra de 7 quilômetros (zona de vigilância), onde equipes da Agrodefesa e instituições parceiras realizam inspeções sanitárias e orientações aos criadores. O objetivo é identificar precocemente possíveis novos casos e impedir a propagação do vírus.

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