Um grupo familiar que atua no setor de madeira e carvão vegetal é alvo de investigação por suspeita de sonegar cerca de R$ 16 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em Goiás.
A apuração faz parte da Operação Carbon, deflagrada nesta quinta-feira (6) pelo Governo do Estado, por meio da Receita Estadual e da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT).
Grupo familiar investigado por sonegar ICMS

De acordo com as autoridades, o grupo vinha operando irregularmente desde 2018, com empresas localizadas nos municípios de Anápolis e Aparecida de Goiânia.
As investigações começaram em 2023, a partir da análise de malhas fiscais feitas pela Secretaria da Economia, em parceria com a Gerência de Inteligência Fiscal, a Coordenação do Agronegócio e a DOT.
Segundo o delegado regional de fiscalização em Anápolis, Newton Ferreira Neto, a apuração revelou diversas fraudes fiscais.
“Detectamos empresas com diversas irregularidades e, nos desdobramentos, identificamos que o grupo utilizava funcionários e familiares para abrir novas empresas. Além disso, emitiam notas fiscais frias e manipulavam valores para omitir o pagamento do ICMS”, relatou.
A operação identificou o uso de empresas conhecidas como “noteiras”, criadas para simular transações comerciais. Também foram utilizados “laranjas” nos quadros societários, o que dificultava o rastreamento das movimentações pelo Fisco estadual.
Durante a ação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao grupo nas duas cidades. O delegado Alexandre Alvim, da DOT, informou que os suspeitos podem responder por crimes como sonegação fiscal, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A investigação segue em andamento para apurar a extensão do prejuízo aos cofres públicos e a eventual participação de outros envolvidos no esquema.
