A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens dos investigados suspeitos de fraude em descontos irregulares nos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Conforme o comunicado da Advocacia-Geral da União (AGU), os valores serão utilizados para o ressarcimento das vítimas.
Suspeitos de fraude no INSS

Somente em maio, a AGU solicitou o bloqueio de R$ 2,5 bilhões de 12 entidades associativas e 60 dirigentes. Sendo assim, por determinação da juíza federal do Distrito Federal, o caso foi dividido em 15 ações para facilitar a análise.
A ação da Polícia Federal nomeada como “Operação Sem Desconto”, investiga um esquema nacional de fraude em descontos de mensalidades não autorizadas.
A investigação apontou que foram descontados indevidamente aproximadamente R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre os anos de 2019 e 2024.
Relembre

A operação foi realizada em Goiás e outros 12 estados, além do Distrito Federal (DF).
Ao todo, foram cumpridos mais de 200 mandados judiciais de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária.
Seis servidores públicos foram afastados de suas funções. Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU atuam na ação no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
Aos aposentados e pensionistas que tiveram descontos em seus benefícios, podem solicitar a devolução de valores descontados indevidamente por entidades associativas.
De acordo com o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, apenas no primeiro dia de funcionamento da nova ferramenta foram registrados mais de 480 mil pedidos de reconhecimento ou contestação dos descontos, por meio do aplicativo e do telefone 135.
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