A Polícia Civil concluiu as investigações que apurava casos de estupro contra crianças e adolescentes cometidos por um treinador de futebol, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital.
A conclusão resultou no indiciamento do homem por estupro de vulnerável e importunação sexual de seis meninos.
O treinador foi preso no dia 15 de abril e, durante a audiência de custódia, ele negou o crime. Ele ainda afirmou que dava aulas gratuitamente por causa de um projeto social.
Denúncia contra o treinador de futebol

O caso começou a ser investigado depois que uma pessoa da comunidade procurou a polícia para denunciar que o treinador se aproveitava da confiança dos familiares e adolescentes.
As investigações descobriram o que treinador convidava os alunos para a casa dele depois dos treinos e se aproveitava de sua posição para obrigar os atos libidinosos.
Segundo a Polícia Civil, o homem alegava que ia ajudar dos adolescentes com massagens para tratar lesões e ajudar no crescimento da musculatura, mas praticava os atos sexuais.
As apurações policiais indicam que ele prometia presentes, como chuteiras e até pedras preciosas para as crianças, que eram em sua maioria de famílias em situação de vulnerabilidade social. Entretanto, quando as crianças negavam as investidas, eram cortadas dos jogos ou colocadas no banco de reservas.
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No dia do cumprimento da prisão, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, onde foram encontrados vídeos com conteúdo pornográfico infantil no celular e computador.

Em nota emitida quando o treinador foi preso, a defesa destacou que espera a aplicação imparcial da Justiça. Leia a íntegra:
“A defesa dos direitos realizou o trabalho técnico de requerimento da revogação da prisão preventiva, o que foi negado. A Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1.988 preconiza o princípio da presunção de inocência, até que seja comprovada, julgada e condenado toda e qualquer pessoa. Que espera que Estado-Juiz aplique a lídima Justiça.
O adjetivo “lídimo” denota “autenticidade” e é empregado na linguística para descrever expressões genuínas, isentas de influências estrangeiras. No âmbito jurídico, o termo é utilizado para caracterizar a Justiça de forma íntegra, pura, autêntica e imparcial.”
Conforme a Polícia Civil, o homem já foi investigado no Mato Grosso por atentado violento ao pudor contra menores de 14 anos. Além disso, em 2013, ele foi investigado e preso em razão de uma acusação de estupro contra mulheres.