Professores e funcionários técnicos da rede municipal de Aparecida de Goiânia decidiram iniciar uma greve nesta terça-feira (29), após rejeitarem a proposta feita pela prefeitura.
O grupo reivindica o cumprimento do piso salarial nacional do magistério, além do reconhecimento das titularidades e progressões na carreira.
Greve na educação em Aparecida

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, no fim da manhã desta terça-feira (29), entre as 93 unidades escolares do município, 13 estavam totalmente paralisadas, 43 funcionavam parcialmente e 37 mantinham as atividades normalmente.
Durante assembleia geral realizada na quinta-feira anterior (25), os profissionais da educação recusaram a proposta municipal por não incluir um cronograma de pagamento dos retroativos devidos.
A presidente do sindicato, deputada estadual Bia de Lima, informou que uma nova reunião de negociação ocorreu na segunda-feira (28), quando o sindicato apresentou uma contraproposta.
Com base nela, a prefeitura ainda não analisou a nova sugestão, que prevê o início do pagamento do piso e da data-base em maio, além da quitação de um terço de férias em junho para os docentes que terão recesso em julho.
Ao Portal Dia, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, alegou que propôs, em reuniões realizadas na sexta-feira (25) e na segunda-feira (28), o pagamento do novo Piso Nacional dos Professores já a partir da folha de maio, porém sem sucesso o acordo.
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Confira a nota completa
“A Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio das Secretarias de Educação, Fazenda e Procuradoria Geral, propôs, em reuniões realizadas na sexta-feira (25) e na segunda-feira (28), o pagamento do novo Piso Nacional dos Professores já a partir da folha de maio.
Ainda assim, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) decidiu deflagrar greve nesta terça-feira (29), prejudicando milhares de alunos das Escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) do município.
A proposta de reajuste foi apresentada pela administração com a garantia de envio imediato de projeto de lei à Câmara Municipal para regulamentação. Além disso, a Prefeitura sugeriu a criação de uma mesa de negociação permanente para discutir o pagamento do retroativo referente aos meses de janeiro a abril e tratar de outras pautas da categoria, respeitando os limites financeiros do município”.
Veja a nota da Secretaria Municipal de Educação

“A atual gestão da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, que assumiu o município em janeiro de 2025, herdou dívidas superiores a R$ 500 milhões. Mesmo diante das dificuldades financeiras, a administração já quitou R$ 58 milhões em débitos da folha de pagamento referente a dezembro de 2024, deixados pela gestão anterior. Além disso, a atual gestão mantém o salário dos servidores rigorosamente em dia, efetuando o pagamento dentro do mês trabalhado.
Diante dessa realidade financeira, a Prefeitura, por meio das secretarias de Educação, Administração, Fazenda e Procuradoria Geral do Município, mantém diálogo constante com a categoria para, com responsabilidade e transparência, tratar da questão do Piso Nacional dos Professores.
Como parte do esforço de valorização dos servidores da educação, a administração municipal apresentou, na última sexta-feira, 25 de abril, uma proposta à categoria: pagar o novo valor do piso nacional a partir de maio e estudar uma forma de viabilizar o pagamento do retroativo referente aos primeiros quatro meses do ano.
Nesta segunda-feira, 28 de abril, foi realizada nova reunião entre a Prefeitura e o Sintego. A proposta apresentada pela gestão municipal não foi aceita pela categoria. Mesmo assim, a administração municipal reafirma seu compromisso com o diálogo e transparência, buscando soluções que respeitem os limites orçamentários do município e garantam os direitos dos servidores da educação”.