Uma mulher foi presa em flagrante nesse domingo (30), suspeita de tentar vender a própria filha recém-nascida, de 27 dias, no Setor Lorena Park, em Goiânia.
Outras três pessoas também foram detidas suspeitas de envolvimento do caso, segundo o delegado de Polícia Civil Humberto Teófilo.
Entenda o caso da mãe suspeita de tentar vender filha recém-nascida
O caso foi descoberto depois que a polícia recebeu uma denúncia anônima informando que uma mãe, que estava em depressão pós-parto, teria doado a criança em troca de benefícios próprios.
De acordo com o delegado, a mulher decidiu vender a criança junto com o companheiro, que não é pai biológico da menina. Segundo ele, a mulher confessou o crime quando as equipes policiais chegaram na residência.
Conforme as apurações iniciais, o homem teria intermediado a venda junto com outra mulher que morava com eles, dividindo um apartamento.
A mulher era funcionária de uma empresária, dona de uma sorveteria no Parque Industrial João Braz, também em Goiânia, para quem teria sido entregue a criança.
“Ao que tudo indica, ela ofereceu um dinheiro para a mãe fazer um curso de confeitaria e pagar o aluguel. A mãe disse que ia pegar o dinheiro para fazer os ‘mimos’ dela”, detalhou o delegado em vídeo divulgado nas redes sociais.
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Na delegacia, o companheiro da mãe ficou em silêncio, já a empresária e a funcionária negaram a acusação. Elas alegaram que estavam apenas cuidando da criança e que devolveriam para a mãe até a noite.
Em relatos, a mãe teria detalhado o ocorrido para a polícia, dizendo que não chegou a receber o valor, mas informou que receberia nos próximos dias.
Segundo o delegado, a empresária e a funcionária conversaram por aplicativo de mensagens sobre “arrumar um menino”. Além disso, o investigador apontou que a empresária está cadastrada no Banco Nacional de Cadastro de Adoção.
Diante dos fatos, todos os envolvidos foram presos. Eles devem responder pelo crime de tráfico de pessoas, previsto no art. 149-A, do Código Penal. Como não tiveram os nomes divulgados, o Portal Dia não conseguiu localizar as respectivas defesas.
A criança foi entregue para o Conselho Tutelar, que a encaminhou para um abrigo. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
