A vacinação infantil de crianças menores de 1 ano em Goiás está abaixo meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS) e tem preocupado as autoridades.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), apenas 72,77% do público-alvo foram vacinados no estado, número bem abaixo da meta de 95%.
Somente neste ano, já foram registrados 45 casos da doença, porém nenhum em Goiás. Os registros são de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins e Pará, com 21 mortes confirmadas.
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Vacinação contra febre amarela
A febre amarela é uma infecção viral transmitida por mosquitos silvestres, especialmente das espécies Haemagogus e Sabethes, frequentemente encontrados em áreas de mata e rurais.
A doença pode evoluir rapidamente e resultar em complicações graves, como falência hepática e renal, hemorragias e, em casos mais severos, óbito. Em Goiás, não há registros da doença desde 2017, porém, a proximidade com regiões de mata e o fluxo de visitantes aumentam o risco de reintrodução do vírus.
Conforme a SES-GO, a maneira mais eficaz de prevenir a doença é por meio da vacinação, que é segura e amplamente comprovada cientificamente há décadas. Entretanto, a baixa adesão à imunização entre crianças com menos de um ano compromete tanto a proteção individual quanto a coletiva, uma vez que a alta cobertura vacinal é essencial para evitar a propagação do vírus. “
“Quando a cobertura vacinal está abaixo do esperado, aumentam as chances de surtos da doença”, explica a Gerente de Imunização da SES, Joice Dorneles.
Disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a febre amarela faz parte do calendário nacional de imunização. Crianças devem receber a primeira dose aos nove meses de idade e um reforço aos quatro anos. Para pessoas entre 5 e 59 anos que ainda não foram vacinadas, a recomendação é uma dose única.
No estado, a cobertura vacinal entre bebês menores de um ano foi de 63,68% em 2022, subindo para 67,57% em 2023 e atingindo 72,77% em 2024, conforme os dados mais recentes da Rede Nacional de Dados em Saúde. Apesar do avanço, esses índices ainda estão abaixo da meta mínima de 95%.
