A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) da Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou uma operação com a colaboração das Polícias Civis do Acre, Rio de Janeiro e São Paulo, contra suspeitos de fraude milionária.
A operação cumpriu 20 mandados judiciais, entre eles de prisão preventiva e busca, em cidades como Rio Branco (AC), Tarauacá (AC), São João de Meriti (RJ), Belford Roxo (RJ), São Paulo (SP) e Goiânia (GO).
Suspeitos de fraude milionária
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A investigação revelou que um grupo criminoso estava por trás de um golpe conhecido como “missões”, em que eram oferecidas recompensas financeiras em troca de pequenas tarefas online, como curtir postagens ou avaliar estabelecimentos.
Com base nas investigações, as vítimas eram incentivadas a investir quantias progressivas para obter retornos fictícios, gerando grandes prejuízos financeiros.
A polícia detalhou que a operação iniciou após uma vítima de Goiânia denunciar uma perda de R$ 109,3 mil. Durante as investigações, foi possível identificar 716 vítimas em diversas partes do Brasil. O esquema movimentou cerca de R$ 93 milhões, dos quais 83% foram direcionados para uma empresa em Goiânia, usada para disfarçar a origem do dinheiro.
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A principal técnica empregada para dificultar o rastreamento dos recursos foi a “mescla”, que combinava valores legais e ilegais.
A proprietária da empresa já havia sido presa anteriormente pela Polícia Federal por envolvimento em esquemas semelhantes, incluindo operações de lavagem de dinheiro internacionais, como na Rússia. Durante a execução dos mandados, foram encontrados mais de 70 contratos de compra e venda de criptomoedas com cidadãos russos em sua residência.
Ao todo, seis pessoas foram presas, sendo acusadas de crimes relacionados a fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Como o nome dos suspeitos não foram divulgados, o portal não conseguiu localizar a defesa.