Uma lista que tem circulado em Goiânia, mais conhecida como “lista suja”, tem revelado nomes, números de telefone e comentários ofensivos sobre babás e empregadas domésticas.
O conteúdo da lista varia de ofensas como “oportunista”, “manipuladora” e “golpe da barriga” a acusações mais sérias, como ameaças e crimes.
Lista suja de empregadas e babás

Ao Portal Dia, o Ministério Público do Trabalho (MPT), alegou que vai formalizar uma denúncia para que as providências necessárias, no âmbito do Direito do Trabalho, sejam tomadas”. Já a Polícia Civil informou que ao menos três vítimas procuraram a corporação para denunciar o caso
Ao todo, 98 trabalhadoras foram listadas e a lista circula entre grupos de mães e de moradores de condomínios de alto padrão da capital, com informações pessoais como nomes, telefones e descrições das trabalhadoras.
Na lista, há ainda relatos sobre o período em que trabalharam, sujeitando que as empregadas engravidaram ao serem contratadas.
Como os nomes das vítimas não foram divulgados, o portal não conseguiu localizar as defesas. Até o momento não há informações sobre o responsável pela lista.
Confira a nota completa no Ministério Público do Trabalho:

“Em relação à reportagem exibida na TV Anhanguera que mostrou conversas de teor discriminatório em grupos de WhatsApp, informamos que este Ministério Público do Trabalho (MPT em Goiás) vai autuar (formalizar) uma denúncia com base no vídeo exibido, para que as providências necessárias, no âmbito do Direito do Trabalho, sejam tomadas.
Num primeiro momento, serão realizadas investigações e audiências, para averiguar as circunstâncias e ouvir as partes envolvidas.
Para regularizar a situação, poderá ser proposto um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), para que tudo se resolva na esfera administrativa (não seja necessário recorrer ao Poder Judiciário). Contudo, se eventualmente houver recusa em assinar o TAC, o MPT em Goiás poderá ajuizar uma ação perante a Justiça do Trabalho”.