A Polícia Federal (PF) investiga um grupo criminoso suspeito de invadir os sistemas da Justiça para liberar presos de alta periculosidade.
Em Goiás, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (13), especificamente em Goiânia, capital do estado.
Suspeitos de invadir sistemas do CNJ
![sede da PF](https://diaonline.ig.com.br/wp-content/uploads/2024/04/sede-da-pf-em-goiania-apreensao-de-drogas.jpg)
De acordo com a PF, os investigados invadiam os sistemas de execução penal e de mandados de prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e alteravam processos penais.
O objetivo era modificar os dados sobre as penas, com inserção de documentos falsos para antecipar a progressão de regime de alguns detentos.
Desta forma, os presos podiam progredir, de forma fraudulenta, mais rapidamente do regime fechado para o semiaberto. Posteriormente, eles rompiam a tornozeleira, tornando-se foragidos da justiça.
Entre os presos beneficiados estão condenados a mais de 60 anos de prisão e integrantes de facção criminosa.
Conforme a PF, inicialmente foram identificados 15 processos de execução com indícios de fraude, mas esse número pode aumentar com os desdobramentos da investigação. As irregularidades foram identificadas pela própria CNJ.
A Polícia Federal ainda indicou a possibilidade de participação de advogados no esquema para ajudar os presos. Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), informou que está apurando as infrações que chegam ao seu conhecimento. (Veja a íntegra no final do texto)
![PF investiga tentativa de golpe de Estado e cumpre mandados em Goiás](https://diaonline.ig.com.br/wp-content/uploads/2024/02/PF-investiga-tentativa-de-golpe-de-Estado-e-cumpre-mandados-em-Goias-1024x576.jpg)
Nota da OAB-GO
“A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), por meio do Sistema de Defesa das Prerrogativas (SDP), acompanha, nesta quinta-feira (13 de fevereiro), a Operação Data Change, que envolve, supostamente, advogados. A Seccional esclarece que apura todas as infrações que chegam ao seu conhecimento, tomando as medidas cabíveis para defender a dignidade da advocacia, sempre respeitando o amplo direito de defesa e o contraditório.
A OAB-GO reforça que esse acompanhamento visa resguardar as prerrogativas profissionais e fiscalizar o cumprimento dos preceitos éticos da advocacia. Por fim, informa que não comenta eventuais prisões ou condenações de seus inscritos.”