A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou, nesta quarta-feira (5), uma operação para investigar um caso de possíveis fraudes na venda de apartamentos em Goiânia.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na sede de uma incorporadora que seria responsável pelas supostas fraudes. No local, foram apreendidos materiais publicitários e folhetos.
Fraudes na venda de apartamentos em Goiânia
De acordo com as investigações, um mesmo apartamento, localizado em um prédio em área nobre da capital, teria sido vendido para diversos clientes. Segundo a PCGO, o prejuízo total das vítimas é estimado em mais de R$ 7 milhões.
O objetivo da operação é apurar se houve venda em duplicidade de unidades imobiliárias, o que caracterizaria o crime de estelionato pelos donos da incorporadora.
A investigação começou em agosto de 2023 e, até o momento, 13 pessoas procuraram a delegacia para denunciar o caso. Conforme apurado, a obra está parada há mais de um ano.
Ainda segundo a polícia, nos próximos dias equipes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) ouvirão membros de outras empresas envolvidas no empreendimento, para apurar se houve a prática de estelionato ou outros crimes contra relações de consumo.
A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) informou que a empresa envolvida é uma cooperativa imobiliária, que tinha ilegalidades no processo de formação da própria cooperativa. (Veja a íntegra abaixo)
A Organização das Cooperativas Brasileiras de Goiás (OCB-GO) destacou que a empresa não é uma cooperativa habitacional e não possui registro ou pedido de registro na entidade do cooperativismo goiano. (Veja a íntegra abaixo)
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Nota da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás
“A Ademi-GO vem reforçar que a empresa que sofreu uma operação da Polícia Civil (PC) para investigar fraudes na venda de apartamentos em um prédio no Setor Oeste, em Goiânia, não é uma incorporadora, e sim, uma cooperativa imobiliária que tinha, inclusive, ilegalidades no processo de formação da própria cooperativa. Segundo a localização do empreendimento, a cooperativa em questão é a Costa Pinheiro.
A Ademi, inclusive, tem recebido denúncias sobre esta forma de venda e vem alertando sobre os riscos de se comprar imóveis de cooperativas. Para orientar clientes e empresas, no ano passado, lançou uma cartilha com todas as informações para uma compra segura de imóvel.”
Nota da Organização das Cooperativas Brasileiras de Goiás
“O Sistema OCB/GO esclarece que a incorporadora alvo de operação da Polícia Civil de Goiás, nesta quarta-feira (5/2) em Goiânia, não se trata de uma cooperativa habitacional , como armou a Ademi-GO. Ela sequer tem registro ou pedido de registro na entidade do cooperativismo goiano.
O Sistema OCB/GO esclarece também que, no nal de 2022, juntamente com as entidades do Fórum Goiano de Habitação, lançou o Selo de Conformidade Cooperativista. Exatamente para garantir maior segurança ao setor imobiliário, especialmente aos compradores de imóveis de cooperativas habitacionais.
As cooperativas habitacionais em Goiás são certicadas a partir de uma rigorosa análise do cumprimento dos preceitos da legislação e o respeito aos princípios cooperativistas.
Atualmente, 18 cooperativas habitacionais estão registradas no Sistema OCB/GO, depois de submetidas a um criterioso processo de avaliação e acompanhamento, com objetivo torná-las aptas a receberem a certificação.
A empresa alvo da operação nesta quarta-feira não está entre elas. O Sistema OCB/GO enfatiza ainda que o segmento do cooperativismo habitacional tem se consolidado e ganhado credibilidade no mercado goiano, atendendo milhares de cooperados no estado.
Para separarmos empresas mal intencionadas e disseminação de informações equivocadas, o Sistema OCB/GO se coloca sempre à disposição para orientar compradores de imóveis lançados e construídos por cooperativas, seguindo o que determina o Termo de Cooperação Técnica assinado entre o Sistema OCB/GO, Ademi-GO, Secovi-GO, Sinduscon-GO, ADU e o Procon Goiás.”