Goiás registrou a segunda morte por dengue em 2025, conforme dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO).
O caso foi registrado em Mozarlândia, na região norte do estado. A vítima é um homem, de 67 anos, que já possuía comorbidades. Já a primeira morte é de um paciente de Heitoraí.
Além disso, outras 13 mortes estão em investigação, sendo cinco em Goiânia, duas em Mozarlândia e uma nas cidades de Ceres, Cachoeira Alta, Montes Claros de Goiás, Novas Crixás, São Simão e Santa Helena de Goiás.
Conforme a SES-GO, os casos de dengue confirmados e notificados neste ano apresentam queda de 78% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Dados do painel, atualizados nesta quinta-feira (6) detalham que Goiás já possui 14.843 casos notificados e 6.590 confirmados. Além disso, 28 municípios estão em estado de emergência devido à alta incidência da doença.
Prevenção e riscos da automedicação
Diante do aumento de casos de dengue, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) fez orientações para a população.
Durante os períodos chuvosos os focos de proliferação são ampliados, destacando a urgência de medidas preventivas para conter a expansão desses focos. Por isso, é importante limpar e verificar regularmente esses pontos que podem acumular água. Além disso, o uso de repelentes também se configura como uma prática preventiva eficaz.
Medicamentos como ácido acetilsalicílico (aspirina) e outros anti-inflamatórios, como ibuprofeno, diclofenaco e nimesulida são estritamente contraindicados em casos suspeitos de dengue. Esses medicamentos têm propriedades anticoagulantes e podem aumentar o risco de sangramentos, o que é especialmente perigoso em casos de dengue, onde hemorragias são uma complicação comum.
“Alguns medicamentos são contraindicados em casos de suspeita ou confirmação da dengue, sendo importante evitarmos a automedicação. É importante também nos atentarmos às notícias falsas e estudos sem comprovação científica sobre medicamentos para tratamento da dengue, pois a dengue não possui tratamento específico por ser uma doença viral”, ressalta Brunna Rodrigues, farmacêutica do HCN.