O caso Amélia Vitória teve novas atualizações após mais de um ano do crime: o suspeito de sequestrar, estuprar e matar a adolescente de 14 anos, será julgado por júri popular.
O crime aconteceu no dia 30 de novembro de 2023, no Parque Hayala, em Aparecida de Goiânia. O homem foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).
Conforme consta na denúncia, a adolescente foi abordada pelo réu e conduzida coercitivamente para uma casa no Parque Itatiaia. No local, mediante violência e grave ameaça, ele manteve relações sexuais com a garota.
Posteriormente, a vítima foi levada para outro endereço, no Parque Hayala, onde novamente foi abusada por várias horas. Consta na denúncia que, para ocultar o estupro, o homem matou a adolescente asfixiada, mantendo o corpo escondido na residência.
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De acordo com o MPGO, a defesa do réu, representada pela Defensoria Pública, alegou que ele possui retardo mental leve, transtorno mental orgânico e desvio de personalidade comprovados por exame de sanidade mental.
Diante disso, a defesa tentou a desclassificação do crime contra a vida para o crime de estupro qualificado pelo resultado morte e em relação ao crime de sequestro. Também foi pedida a aplicação do princípio da consunção (absorção de um crime pelo outro), com a consequente absolvição.
Além disso, a defesa também pediu para que não fosse levado a julgamento o crime de ocultação de cadáver. Entretanto, mesmo considerando a semi-imputabilidade do acusado, o juiz Leonardo Fleury Curado Dias decidiu mandá-lo a júri popular.
O magistrado ainda determinou que o réu seja mantido preso por garantia da ordem pública, pois, além da gravidade dos crimes cometidos, ele possui antecedentes por outro crime sexual e condenação.
Relembre o caso Amélia
A adolescente Amélia Vitória de Jesus desapareceu na tarde do dia 30 de novembro, depois que saiu de casa para buscar a irmã mais nova na escola, em Aparecida de Goiânia.
Amélia fazia o trajeto de casa até a escola da irmã há cerca de três meses, desde quando a família se mudou para o Jardim Esplanada. Geralmente, a adolescente ia de bicicleta, mas como a mesma estava estragada, ela foi a pé.
Segundo relatos, a família se mudou para o local depois que a casa que eles alugavam foi vendida. Por isso, com os três filhos, o pai e mãe de Amélia precisaram se mudar para um imóvel grande, que era mais distante da escola da filha mais nova.
Entretanto, o percurso não era desconhecido de Amélia, já que antes eles moravam próximo ao local do desaparecimento.
Imagens de câmeras de segurança mostram a garota no trajeto, mas ela desapareceu após se aproximar de uma região de mata. O corpo dela só foi encontrado dois dias depois, enrolado em um lençol na calçada de uma residência.
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