Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) apontam que Goiás registrou mais de 4 mil casos de dengue em janeiro deste ano.
Além disso, 15 cidades goianas estão em situação de emergência devido a quantidade de casos. Ainda não há decreto de emergência em nível estadual.
Os dados atualizados desta terça-feira (4) mostram que já são 5.689 casos confirmados neste ano, além de outros 12.777 em investigação. No mesmo período do ano passado, foram registrados 12.479.
Conforme os dados, cerca de 75% das amostras de 2024 foram do sorotipo 2, situação que permanece neste ano. A expectativa é que o cenário seja melhor que no ano passado, quando foi registrada a pior epidemia da doença no estado, com 321 mil casos confirmados e 429 mortes.
Entretanto, agora também existe uma maior circulação do sorotipo 3 da dengue em estados que fazem fronteira com Goiás, o que preocupa as autoridades. Até o momento, um caso do sorotipo 3 foi registrado em Anápolis, de um morador de outro estado.
Dengue em Goiás
Segundo a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, alguns municípios estão com casos acima do esperado, como Iporá, que tem mais de 700 registros; e Itapuranga e Itapaci, ambas com mais de 200 cada.
Veja a lista de cidades que estão em situação de emergência:
- Iporá (778 casos);
- Itapuranga (216 casos);
- Itapaci (209 casos);
- Faina (187 casos);
- Diorama (126 casos);
- Caçu (102 casos);
- Mozarlândia (94 casos);
- Guarinos (80 casos);
- Americano do Brasil (63 casos);
- Cromínia (46 casos);
- Mundo Novo (45 casos);
- Brazabrantes (42 casos);
- Santo Antônio de Goiás (37 casos);
- Mossâmedes (29 casos);
- Davinópolis (21 casos).
Em relação as mortes, uma foi confirmada neste ano, na cidade de Hetoraí, enquanto outras 16 estão em investigação, conforme o painel de Arboviroses da SES-GO.
Sintomas e complicações da dengue
Os principais sintomas da dengue normalmente são:
- febre alta, acompanhada de dores de cabeça e atrás dos olhos;
- dores no corpo e nas articulações;
- prostração;
- fraqueza;
- manchas vermelhas;
- coceira na pele.
Para casos mais graves, os sinais de alerta são dores abdominais intensas, vômito constante, sangramentos, alterações neurológicas e no humor do paciente.
“É importante nos atentarmos principalmente aos casos graves, onde há complicações e o paciente precisa acompanhar os sintomas e a evolução do quadro da doença”, reforça a Dra. Nívia Ferreira, médica infectologista do HCN, hospital administrado pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed).