O detento de alta periculosidade que fugiu do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (DF), já participou de furto milionário a banco de Goiás, segundo o Ministério Público (MPGO).
O homem, identificado como Argemiro Antônio da Silva, de 62 anos, conseguiu fugir após serrar as grades da cela onde estava na última sexta-feira (3).
Furto a banco de Goiás
De acordo com o MPGO, o furto aconteceu em março de 2018 quando o fugitivo, juntamente com outras dez pessoas, teriam furtado cerca de R$ 1,3 milhão de um banco na cidade de Crixás.
Uma investigação policial apontou que Argemiro, vulgo “Costelinha”, era chefe de uma quadrilha de roubo a banco. Ele teria sido o responsável pelo deslocamento dos criminosos do Mato Grosso para Goiás.
À época, o MPGO ofereceu uma denúncia contra os envolvidos, que foi recebida pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Desta forma, Argemiro se tornou réu por organização criminosa e furto qualificado. Entretanto, o processo ainda não teve conclusão e tramita na justiça.
Ao todo, o suspeito acumula mais de 120 processos judiciais, incluindo por crimes como latrocínio, extorsão mediante sequestro, uso de armamento restrito, e é classificado no sistema carcerário como nível 4 de periculosidade, considerado alto.
Anteriormente, ele buscou revisão de sua sentença, que soma 135 anos de prisão, mas o pedido foi negado em 2022 por falta de base jurídica.
Fuga de presídio no DF
Conforme a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) do Distrito Federal, o suspeito estava na ala de idosos do Centro de Internamento e Reeducação (CIR).
A fuga foi percebida durante uma conferência de rotina no presídio. Ao fazer as buscas, a Polícia Penal encontrou quatro barras de ferro da grade do banheiro serradas e, no corredor, foi achado um cobertor com cordas. Além disso, também foram identificadas pegadas e a concertina no estacionado foi encontrada cortada.
A Seape informou ainda que abriu investigação para apurar como o preso conseguiu os instrumentos utilizados na fuga e se houve facilitação interna ou externa.
Qualquer informação sobre o paradeiro do fugitivo pode ser repassada de forma anônima para a polícia, pelos telefones 190 ou 180.
O Portal Dia não conseguiu localizar a defesa de Argemiro até a última atualização desta reportagem.