O programa Pé-de-Meia, lançado no início de 2024, fechou o ano com mais de 3,9 milhões de estudantes beneficiados. Somente em Goiás foram mais de 108 mil.
O programa oferece incentivo financeiro e educacional para estudantes do ensino médio de escolas públicas que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
O estudante recebe R$ 200 por mês ao comprovar matrícula e frequência escolar, além de R$ 1 mil ao fim de cada ano letivo concluído com aprovação.
Há também um adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Se somadas todas as parcelas do incentivo, os depósitos anuais e o adicional do Enem, os valores chegam a R$ 9,2 mil por aluno durante todo o ensino médio.
Beneficiados com o programa Pé-de-Meia
O estado de São Paulo concentra a maior quantidade de beneficiados, com 538.604, seguido da Bahia, com 410.639 e Minas Gerais, com 351.666.
Goiás ficou na 13º posição na lista. Já os estados que menos tiveram beneficiados foram a Roraima, com 14.698; Amapá, com 24.061; e Acre, com 26.054. Veja a lista:
- São Paulo – 538.604
- Bahia – 410.639
- Minas Gerais– 351.666
- Ceará – 285.502
- Pará – 277.082
- Rio de Janeiro – 273.878
- Pernambuco – 257.290
- Maranhão – 229.248
- Paraná – 135.905
- Amazonas – 133.751
- Rio Grande do Sul – 118.034
- Paraíba – 111.295
- Goiás – 108.572
- Piauí – 106.105
- Alagoas – 96.768
- Rio Grande do Norte – 88.186
- Mato Grosso – 65.382
- Sergipe – 62.371
- Santa Catarina – 59.784
- Espírito Santo – 59.109
- Mato Grosso do Sul – 44.589
- Tocantins – 43.651
- Distrito Federal – 41.745
- Rondônia – 34.580
- Acre – 26.054
- Amapá – 24.061
- Roraima – 14.698
Evasão escolar
O principal objetivo do programa é combater a evasão escolar, que, segundo o Censo Escolar 2023, o ensino médio concentra a maior taxa, totalizando 5,9%.
Além disso, a etapa também soma a maior taxa de repetência, sendo 3,9%, de toda a educação básica, que vai da educação infantil ao ensino médio.
Os dados, referentes a 2020 e 2021, mostram que as populações mais vulneráveis foram as mais afetadas. A taxa mais alta de repetência no ensino médio foi observada na educação quilombola, com 11,9% , seguida pela indígena (10,7%), rural (5,2%) e especial (3,9%).
No que diz respeito à evasão escolar, os números também revelam desigualdades: a taxa foi de 4,6% na educação quilombola, 5,2% na indígena, 5,9% na rural e 6,2% na educação especial.
Um dos principais fatores para o abandono escolar é a necessidade de trabalhar para contribuir com a renda familiar. De acordo com a pesquisa ‘Educação Brasileira em 2022 – A voz de adolescentes’, conduzida pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) para o Unicef, 48% dos adolescentes entrevistados abandonaram os estudos por essa razão.
Além disso, 30% disseram que deixaram de frequentar a escola por dificuldades em acompanhar as respostas ou atividades propostas pelos professores.
*Com informações da Agência Brasil