A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (GCU) deflagrou nesta quarta-feira (18) uma operação para investigar empresas e servidores públicos suspeitos de desviar recursos da Prefeitura de Cidade Ocidental, em Goiás.
Ao todo, estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Goiás.
Desvio de recursos públicos
Com base na investigação, o crime gerou desvio de mais de R$ 120 milhões, quase um terço do orçamento do município, que em 2024 foi estimado em aproximadamente R$ 350 milhões.
Conforme a PF, a a primeira fase da operação ainda foi deflagrada em setembro deste ano no qual identificou elementos que envolveriam empresas de diversos ramos no pagamento de propinas a servidores públicos do município, principalmente em obras na saúde e na educação.
Após a análise do material apreendido, a corporação identificou que o mesmo esquema de corrupção estava sendo praticado no setor de transporte escolar e aluguel de veículos.
Com o dinheiro do crime, um dos servidores municipais esbanjava um vida de luxo nas redes sociais. Além disso, esse mesmo servidor ainda teria utilizado o dinheiro em sua festa luxuosa de casamento.
O mesmo suspeito que teria um salário de aproximadamente R$ 10 mil, realizou viagens para Dubai, Madri, Nova Iorque e Fernando de Noronha em menos de um ano.
Supostos envolvidos no esquema
Neste suposto esquema de corrupção, estão sendo investigados o ex-pregoeiro da cidade, Gabriel Paixão Ribas, o atual prefeito Fábio Correa (PP), empresas e demais servidores.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa de Gabriel Paixão, os policiais encontraram uma escritura particular de compra e venda de um casa localizada no Distrito Federal.
Na ocasião, a casa foi adquirida no valor de R$ 1,6 milhão e os documentos apresentadoS pela vendedora do imóvel ainda comprovam transferências bancárias no valor de R$ 1,3 milhão, suposto dinheiro oriundo do crime. Até o momento o portal não conseguiu localizar a defesa do ex-pregoeiro.
Já o atual prefeito da cidade, chegou a ser afastado do cargo por 90 dias na primeira fase da operação. Na época, ele ainda foi proibido de formalizar novos contratos com pessoas jurídicas, porém no dia 23 de outubro, a Corte Regional Federal, por maioria dos votos, revogou a prisão preventiva de Gabriel Paixão e suspendeu o afastamento cautelar do prefeito.
O portal entrou em contato com o prefeito para um posicionamento a respeito desta segunda fase da operação, mas até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto para futuros esclarecimentos e a matéria será atualizada conforme o andamento do caso.
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