O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) anunciou que poderá descredenciar os Centros de Formação de Condutores (CFCs), também chamados de autoescola, que não aprovarem ao menos 60% dos candidatos inscritos para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Segundo a autarquia, o índice mínimo é exigido pela legislação, prevista na Resolução 789/2020 do Conselho Nacional de Trânsito, para obtenção, mudança ou adição de categoria.
O índice será apurado nos doze meses anteriores ao mês da renovação do credenciamento. As autoescolas que não atingirem o mínimo de aprovação por um período de três meses serão notificados e convidados a apresentarem propostas de melhorias. Caso o problema persista, a empresa poderá até ser descredenciada.
Baixo índice de aprovação em autoescolas
A autarquia divulgou nesta segunda-feira (16), um ranking dos CFCs com melhores resultados. Dos 609 CFCs que aplicaram exames práticos de direção em Goiás neste ano (até 12 de dezembro), só 406 alcançaram pelo menos 60% de aprovação dos candidatos à habilitação.
No período, foram realizados 263.165 provas práticas com aprovação de, em média, 63%. De acordo com o Detran, em um dos casos o aproveitamento em uma das autoescolas foi de 31%, sendo que dos 199 candidatos à obtenção da CNH, 138 foram reprovados.
Já na prova teórica o índice de aprovação é de 67%. No total, foram realizados 159.549 exames, com 107.218 candidatos aprovados e 52.33 reprovados. Dos 377 CFCs que deram curso teórico 86 não atingiram a aprovação mínima.
Para conferir a lista das autoescolas com os respectivos desempenhos basta acessar o site do Detran e fazer a consulta por município, clicando duas vezes sobre o índice.
Conforme o presidente do órgão, delegado Waldir Soares, a medida vai reduzir o custo para o candidato.
“Isso vai facilitar a vida do cidadão que está procurando uma autoescola. Ele poderá escolher uma que lhe ofereça o melhor custo/benefício. Também possibilita ao Detran o monitoramento daquelas que apresentam um baixo desempenho, propondo soluções que visem a melhoria dos indicadores e até, quando for o caso, descredenciando as que não cumprirem os objetivos”, disse.