Após mais de 20 anos, a MotoGP, maior campeonato de motovelocidade do mundo, volta ao Brasil e será realizado no Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna, entre 2026 e 2030.
A novidade foi oficializada nesta quinta-feira (12) durante solenidade no Centro Cultural Oscar Niemeyer para assinatura de contrato com a empresa espanhola Dorna Sports e a Brasil Motorsport.
Com isso, Goiânia sediará, a partir de março de 2026, a etapa brasileira da categoria no Autódromo Internacional Ayrton Senna, principal palco da cidade e que recebe hoje provas da Stock Car.
De acordo com o Governo de Goiás, devem ser investidos aproximadamente R$ 50 milhões em adequações para atender aos padrões internacionais exigidos pela competição.
Entre as alterações estão a recuperação da pista, área de box e estrutura de arquibancadas do autódromo, que foi palco da categoria entre 1987 e 1989.
Ainda segundo o governo, o investimento será recuperado com os impostos gerados com a promoção do evento, valores estimados em cerca de R$ 150 milhões. A expectativa é que, ao todo, seja movimentado R$ 1 bilhão.
O CEO da Brasil Motorsport, Alan Adler, ressaltou que “a MotoGP está voltando para casa aqui no Brasil, onde tudo começou há 37 anos”.
“A gente sabe da importância que esse evento tem em termos de geração de renda e emprego e, acima de tudo, projetando a imagem de Goiás para o mundo inteiro”, comentou.
MotoGP
A última vez que a MotoGP passou pelo Brasil foi em 2004, após realizar nove etapas no Autódromo de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, entre 1995 e 1997 e de 1999 a 2004. Embora tenham sido feitas tentativas de trazer o campeonato de volta, como o plano de realizar uma prova em Brasília em 2015, esses esforços não avançaram.
Goiânia, no entanto, já recebeu o Mundial em três ocasiões: 1987, 1988 e 1989. Na primeira, a disputa foi decisiva para o título de Wayne Gardner. Depois, o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, sediou uma competição por três anos consecutivos, mas as provas no local não tiveram continuidade.