O homem suspeito de matar a ex-mulher e gerente de supermercado Alessandra Rufino de Oliveira, se entregou à Polícia Civil na manhã de quarta-feira (11), após passar quase um mês foragido.
Segundo o delegado Alex Miller, em depoimento, o suspeito, de 62 anos, confessou ter matado a ex-mulher durante uma discussão. Ele alegou que cobriu o rosto dela com um pano de prato e, em seguida, ela desmaiou.
O inquérito deve ser concluído nos próximos dias e o suspeito será indiciado por feminicídio. Ele encontra-se recolhido na Unidade Prisional de Caldas Novas.
Em nota, a defesa do suspeito destacou que ele prestou todos os esclarecimentos necessários e que continuará à disposição do Poder Judiciário e das autoridades policiais para quaisquer outros esclarecimentos. (Confira a íntegra no final do texto)
Morte de gerente de supermercado em Caldas Novas
O crime aconteceu no dia 16 de novembro deste ano, na casa da vítima, após uma discussão pois o homem não aceitava o fim do relacionamento. Eles estavam separados desde o final de 2023.
O corpo de Alessandra foi encontrado em cima da cama do suspeito pelo filho do casal. O homem, inclusive, já teria entrado em contato com o filho dizendo que não estaria no local quando ele retornasse.
A mãe da vítima, que mora na residência ao lado, também teria escutado a briga no dia do crime. Além disso, uma outra testemunha contou à polícia que viu o homem colocando a moto da vítima na calçada de um imóvel.
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Defesa do investigado
“Os advogados Lucas Morais Souza, Patrick Rodrigues Lobo e Camila Alves da Silva vêm a público esclarecer que o Senhor José Divino se apresentou de forma espontânea à Delegacia de Polícia Civil de Caldas Novas/GO, no dia 11/12/2024, onde prestou todos os esclarecimentos necessários à Autoridade Policial. Ressaltamos que o Senhor José Divino permanece à disposição do Poder Judiciário e das Autoridades Policiais para quaisquer outros esclarecimentos.
Cumpre informar que as informações obtidas até o momento são preliminares, uma vez que as investigações ainda estão em andamento. Assim, qualquer julgamento antecipado sobre os fatos fere o princípio da presunção de inocência, basilar no nosso ordenamento jurídico.
Reiteramos que todos os fatos deverão ser devidamente apurados no âmbito judicial, com observância ao contraditório e à ampla defesa, conforme garantias constitucionais.
Por fim, destacamos que José Divino segue à disposição das autoridades para colaborar com o andamento das investigações e esclarecer qualquer ponto necessário.”