O Ministério Público de Goiás (MPGO) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagraram uma operação conjunta para combater organização criminosa especializada na produção, distribuição e comercialização de comprimidos de anfetaminas, popularmente conhecidos como “rebite”.
Na ocasião, esses comprimidos são drogas sintéticas utilizadas por motoristas profissionais para inibir o sono e permitir a realização de longas jornadas de trabalho.
Comercialização de rebites
Conforme a corporação, foram cumpridos 24 mandados de prisão preventiva, 4 mandados de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão.
Além disso, foi autorizado judicialmente o sequestro e apreensão de bens imóveis, veículos, ativos virtuais (criptomoedas) e valores mantidos em contas bancárias na valor total de R$ 320 milhões, envolvendo 45 pessoas físicas e jurídicas investigadas.
O cumprimento das ordens judiciais foi foram cumpridos nos Estados de Goiás, Tocantins, Bahia e São Paulo.
Com os investigados, além de aparelhos celulares, insumos, objetos e maquinários para a fabricação da droga, foram apreendidos cerca de meio milhão de comprimidos.
Segundo o superintendente da PRF em Goiás, Tiago Queiroz, o valor é significativo, tendo em vista que, em 2023 e ao longo de 2024, haviam sido apreendidos nacionalmente cerca de 370 mil comprimidos.
Fabricação do medicamento
Durante a operação, foram identificados três locais utilizados para a fabricação e armazenamento dos entorpecentes.
Sendo assim, cerca de 90% das apreensões de anfetamina feitas em rodovias do País ocorreram em Goiás.
As apurações também que o grupo criminoso contava com uma estrutura de integrantes que financiavam a produção e fabricação em larga escala de comprimidos de “rebite”.
Portanto, a organização contava com uma rede de distribuição e revenda da droga para várias partes do país, gerando a movimentação de centenas de milhões de reais nos últimos anos.