Os enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam nas maternidades vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia iniciaram a paralisação das atividades nesta segunda-feira (9).
A categoria está mantendo apenas 30% dos atendimentos de urgência e emergência nas maternidades Célia Câmara, Dona Iris e Nascer Cidadão, conforme determina a legislação.
Paralisação de enfermeiros e técnicos de enfermagem em Goiânia
De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg), Roberta Rios, o movimento foi deliberado devido atraso salarial referente ao mês de novembro, falta de pagamento do 13º e também do adiantamento das férias.
A paralisação está prevista para ocorrer em dois turnos, com 6h de interrupção pela manhã e 6h á noite. Além disso, a previsão é que o esquema siga até quarta-feira (11), quando será realizada uma nova assembleia em frente à Corregedoria da Polícia Militar de Goiás (PMGO).
Os profissionais também se mobilizaram para pedir justiça pela enfermeira e ao maqueiro que foram detidos enquanto trabalhavam no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC).
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A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão das maternidades municipais, destacou que dos 1,5 mil colaboradores, cerca de 48% são enfermeiros ou técnicos de enfermagem, o que totaliza 733 profissionais.
A fundação ainda apontou que enfrenta uma crise financeira prolongada, atribuída à dependência de recursos municipais. Além disso, manifestou solidariedade aos trabalhadores. (Veja íntegra da nota no final do texto).
Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclareceu que “os pagamentos para a Fundahc serão definidos em conformidade com o Ministério Público (MP-GO). Uma nova reunião com o órgão fiscalizador está prevista para esta quarta-feira (11/12).”
Fundahc
“Acerca da paralisação de enfermeiros e técnicos de enfermagem, a Fundahc/UFG informa o que segue:
– É direito dos trabalhadores celetistas e estatutários aderir a movimentos grevistas, desde que respeitem a legislação vigente. Conforme estabelecido pela Lei nº 7.783/1989, é obrigatório manter um percentual mínimo de 30% dos profissionais de enfermagem em atividade, assegurando assim a continuidade dos serviços essenciais à população.
– Os respectivos sindicatos informaram sobre a decisão de paralisação e, até o momento, os profissionais cumprem o definido em lei.
– Dos 1.530 colaboradores da fundação, 733 são enfermeiros ou técnicos de enfermagem. Há, ainda, 76 profissionais que são servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS). A classe desempenha um papel fundamental e indispensável nas rotinas de assistência aos pacientes.
– A Fundahc/UFG é uma fundação sem fins lucrativos gestora das maternidades de Goiânia. Todos os recursos para sua manutenção são provenientes da Prefeitura da capital por meio da SMS.
– A crise financeira enfrentada pelas maternidades é uma realidade há muito conhecida e todos os esforços têm sido feitos pela direção-executiva da Fundahc/UFG para saná-la. A fundação aguarda, portanto, repasse de recursos para pagamento da folha salarial, 13° salário, férias e vale-alimentação dos colaboradores até a presente data.
– A fundação se solidariza com os profissionais e agradece seu trabalho e sua dedicação à saúde dos pacientes.”