A mãe que foi presa após a morte da filha, uma bebê de dois meses, fruto de incesto, foi colocada em prisão domiciliar após realização de audiência de custódia, segundo a Polícia Civil.
O caso veio à tona depois que a mulher levou a criança já sem vida para o hospital em Campinorte, no norte de Goiás.
De acordo com o delegado Peterson Amin, a mulher passou por audiência de custódia no sábado (30) e foi colocada em liberdade provisória no domingo (1º). Ela, inclusive, já está recuperou a guarda da outra filha, de 5 anos.
“Tivemos a realização da audiência de custódia e, mesmo com o parecer favorável do Ministério Público no sentido de decretar a prisão preventiva dessa mãe, o Poder Judiciário entendeu por conceder liberdade provisória. Ela já está em casa e a outra filha, de 5 anos de idade, já está sob os cuidados da mãe”, destacou o delegado.
Amin ainda detalhou que o caso está sendo concluído, ouvindo as últimas testemunhas do caso e aguardando o resultado do exame de DNA para comprovar o parentesco entre os envolvidos.
“Vamos continuar acompanhando, concluir as investigações e encaminhar o inquérito policial ao Fórum para dar continuidade ao procedimento criminal”, finalizou.
Na decisão, a Justiça decretou a prisão preventiva domiciliar da mulher, como forma de resguardar os interesses da outra filha, uma criança autista de 5 anos, que depende dos cuidados maternos.
No texto, foi determinado que ela deve permanecer em recolhimento domiciliar em tempo integral, comparecer a todos os atos processuais e está proibida de mudar de endereço sem prévia comunicação do juízo.
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Entenda o caso que resultou na morte de ‘bebê de incesto’
De acordo com a Polícia Civil, a bebê chegou ao hospital sem vida e com sinais de espancamento, com diversos hematomas pelo corpo. A causa da morte foi politraumatismo.
Inicialmente, a mulher contou à polícia que morava sozinha e quando acordou, suspeitou que a filha estivesse morta. Ela disse que a criança tinha engasgado.
Entretanto, ao checar as câmeras de segurança do hospital, foi verificado que ela foi ao local acompanhada da filha mais velha, de 5 anos, e de um homem.
Questionada, a mulher disse que o homem era seu primo, mas as investigações concluíram que ele, na verdade, era pai da mulher e que ambos tinham um relacionamento incestuoso. As meninas, inclusive, seriam filhas dele.
O homem foi encontrado escondido em um chácara na zona rural de Campinorte. No local, ele teria trocado tiros com a corporação e acabou sendo atingido. Ele não resistiu aos ferimentos.