A Prefeitura de Goiânia nomeou os novos servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) após a prisão do secretário Wilson Pollara e outros dois servidores da pasta.
As prisões são fruto da operação do Ministério Público de Goiás (MPGO) que investiga pagamentos irregulares em contratos administrativos e uma suposta formação de associação criminosa.
A defesa dos envolvidos não foi localizada até a última atualização desta reportagem.
Nova secretária de Saúde de Goiânia
Agora, quem assume a pasta é Cynara Mathias Costa, cirurgiã-dentista, odontopediatra e superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde.
Conforme a prefeitura, Cynara é servidora efetiva há mais de 25 anos e possui experiência como sanitarista. Ela também cursa mestrado em Saúde Coletiva.
Em coletiva de imprensa, Cynara destacou que recebeu com surpresa a nomeação, mas que está motivada para prestar um excelente serviço à população.
“Foi uma grande surpresa para mim. Já ocupei vários cargos em gestões anteriores, mas um convite como esse sempre nos motiva a querer fazer mais e prestar um serviço ainda melhor à população. Meu objetivo é assegurar a continuidade e a qualidade dos serviços de saúde”.
Além de Cynara, também assumem Acácia Cristina Marcondes Almeida Spirandelli, no cargo de secretária executiva, e Bruno Costa, como diretor financeiro da SMS.
Também foi nomeada Isadora Morais Parreira Rodrigues, como Gerente de Saúde Bucal de Urgência e Emergência Especializada, acumulado com a Superintendência de Redes de Atenção e Saúde.
A previsão é que a nova secretaria se reúna com a equipe técnica ainda nesta quarta-feira (27) para traçar um diagnóstico da secretaria, trabalhando para solucionar os desafios.
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O atual prefeito, Rogério Cruz, também detalhou que Goiânia enfrenta problemas pontuais e busca soluções há muito tempo. Ele afirmou que trabalha junto com o Governo do Estado para enfrentar os problemas na área da saúde.
“Continuo trabalhando, continuo ativo na Prefeitura de Goiânia. Dizem que joguei a toalha. Não joguei a toalha. Não sou de jogar a toalha. Sou uma pessoa muito determinada”, disse.
Operação
De acordo com o MPGO, a ação investiga crimes de pagamento irregular em contrato administrativo e de associação criminosa no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde.
A investigação aponta para a associação dos alvos para a prática reiterada de crimes, com a concessão de vantagens em contratos, ocasionando prejuízo para a administração pública. Ficou constatada a existência de pagamentos irregulares, inclusive com preterição da ordem cronológica de exigibilidade.
Segundo o MPGO, o esquema agravou a crise na saúde pública em Goiânia, que tem enfrentado uma crise de gestão na assistência hospitalar.
Conforme apurado, os envolvidos deixaram de repassar verbas públicas previstas em convênios a entidades do terceiro setor responsáveis pela gestão de unidades hospitalares e maternidades da capital, especialmente à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), deixando-a com passivo de R$ 121,8 milhões junto a fornecedores, portanto, sem condições de funcionamento regular.
- Mais sobre o caso: Secretário de Saúde de Goiânia é preso em operação que investiga pagamentos irregulares
Nota da Prefeitura de Goiânia
“A Prefeitura de Goiânia informa que está colaborando plenamente com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) no âmbito da Operação Comorbidade.
A gestão municipal reitera seu compromisso com a transparência e com a lisura na administração pública, colocando-se à disposição para fornecer todas as informações e documentos necessários ao esclarecimento dos fatos.
A Prefeitura reforça que tomará todas medidas administrativas cabíveis, conforme o desdobramento das apurações.”