Um homem de 37 anos, classificado pela Polícia Civil como “maníaco sexual” foi preso suspeito de abusar de vítimas após oferecer vida de luxo em esquema conhecido como ‘sugar daddy‘.
As investigações apontam que ele oferecia dinheiro e presentes para as vítimas em troca companhia e benefícios sexuais. Entretanto, acabava violentando as mulheres. Uma delas denunciou ter sido abusada mais de 30 vezes.
Investigação
De acordo com o delegado Humberto Teófilo, responsável pelo caso, o homem tinha perfis falsos nas redes sociais e se apresentava como arquiteto, engenheiro e empreendedor.
Para aliciar as vítimas, ele se denominava como ‘sugar daddy‘, termo em inglês que se refere a um homem mais velho que oferece dinheiro presentes ou outros incentivos financeiros a uma mulher mais jovem em troca de benefícios.
Após serem conquistadas, as mulheres eram levadas para um apartamento de alto padrão no Setor Bueno, em Goiânia, onde eram forçadas a manter relações sexuais com o suspeito.
Depois, ele começava a persegui-las e ameaçá-las, visto que tinha vídeos e fotos íntimas das vítimas.
“A partir do momento que ele conquistava essas mulheres, ele começava a perseguir, começava a ameaçar direta e indiretamente, tendo em vista que ele tinha vídeos e fotos íntimas dessas mulheres”, destacou Teófilo.
Segundo a Polícia Civil (PC), uma das vítimas teria sido obrigada a praticar atos libidinosos, como sexo oral, por mais de 30 vezes ao longo de quatro meses.
O caso começou a ser investigado depois que uma das vítimas procurou a delegacia para formalizar a denúncia. Em relatos, ela contou que o suspeito dizia que ia persegui-la no trabalho e na faculdade caso ela não se relacionasse com ele. Além disso, ela afirmou que ele também teria ameaçado seu filho, de apenas 1 ano.
Prisão do ‘maníaco sexual’ suspeito de abusar de vítimas
A prisão do suspeito foi feita na última quarta-feira (6), no momento que ele estava em um restaurante de comida japonesa em Goiânia.
Durante a abordagem, a equipe policial foi até a casa do suspeito, onde foram apreendidos documentos, computadores e celulares.
Uma análise preliminar da polícia identificou diversos vídeos íntimos nos aparelhos eletrônicos do suspeito. Além disso, também foram encontradas mensagens que trocava com algumas vítimas.
Nas conversas, ele fazia perguntas íntimas para as mulheres, formulava uma proposta indicando como deveria ser o encontro e como a vítima devia fazer.
A polícia decidiu divulgar o nome e a foto dele nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme Despacho do Delegado de Polícia responsável pelo inquérito policial, de modo que possa auxiliar no surgimento de novas vítimas.
Agora, o suspeito está sendo investigado por crimes como estupro, favorecimento da prostituição, falsa identidade e divulgação de cena de sexo. Somadas, as penas podem chegar a 26 anos de prisão. Segundo a polícia, o homem já tinha antecedentes por crime de estupro.
A defesa do suspeito afirmou que ainda não teve acesso ao processo, por isso, não irá se pronunciar.
O caso agora será investigado agora pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher.