Um médico de 25 anos é suspeito de provocar o aborto da ex-companheira, de 27, sem o consentimento da mulher.
Para a polícia, a família da vítima contou que o investigado não queria ter o filho, mas fingiu interesse em casar e constituir família para convencê-la a ir com ele para Pirenópolis, cidade onde causou o aborto.
Suspeito de provocar aborto na ex
Segundo a família da vítima, ela relatou que, em determinado momento da viagem, começou a sentir-se sonolenta, porém ao acordar, viu o suspeito com as mãos em sua região íntima.
A família ainda afirmou que o médico introduziu comprimidos na jovem e, ao questioná-lo, ela foi empurrada para o banheiro. Em seguida, a jovem saiu correndo para pedir ajuda.
Conforme o relato policial, a vítima foi levada por uma parente a um hospital em Goiânia e na unidade de saúde, com fortes dores, a bolsa estourou e o feto saiu. À polícia, a família informou que a médica que a atendeu encontrou dois comprimidos no útero da jovem, e os medicamentos foram encaminhados à perícia.
Com base na delegada responsável pelo caso, Caroline Matos, a vítima e as testemunhas já foram ouvidas e o interrogatório do suspeito deve ocorrer nos próximos dias. Segundo a delegada, a versão apresentada pela jovem é consistente e está sendo corroborada pelas evidências colhidas.
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Entenda o caso
Para a polícia, a família da vítima relatou que o médico era colega de faculdade da jovem e que eles “ficavam”. Em julho deste ano, ela contou ao suspeito que estava grávida e conforme o relato, ele disse que não queria o filho e sugeriu o aborto. Porém a jovem recusou e afirmou que queria seguir com a gravidez.
De acordo com a família, os dois se encontravam ocasionalmente e, em cada encontro, o suspeito oferecia um suco à jovem. Após consumi-lo, ela sentia cólicas intensas e apresentava sangramento, chegando a precisar de atendimento hospitalar.
Na última vez que ele ofereceu o suco, o sangramento foi tão forte que a vítima precisou tomar medicamentos para manter a gravidez, segundo o relato.
Em 28 de outubro deste ano, o médico convidou a vítima para passear em Pirenópolis, alegando que queria casar e formar uma família. No dia seguinte, eles foram à cidade, onde segundo a família, o suspeito teria provocado o aborto.
Após perceber que ele estava a tocando, a vítima relatou que encontrou dois comprimidos em seu corpo e entrou em desespero. Ela pediu ajuda à recepcionista da pousada em que estavam hospedados, e a Polícia Militar foi acionada, mas o médico já havia deixado o local.
Após retornar a Goiânia, a vítima ainda passava muito mal e, ao ser atendida por uma médica, os comprimidos foram encontrados em seu corpo. Os medicamentos foram entregues à delegacia por uma parente da jovem, que denunciou o caso.
Como o nome do suspeito não foi divulgado o portal não conseguiu localizar a defesa. A matéria será atualizada conforme o andamento do caso.