O desaparecimento do menino Pedro Lucas completa um ano nesta sexta-feira (1º), e ainda segue sem solução. O caso aconteceu em Rio Verde, na região sudoeste de Goiás.
O menino desapareceu depois de deixar o irmão caçula na escola, ele vestia uma camiseta azul e bermuda. O menino, à época, estava com 8 anos.
Nesse período, o padrasto do menino foi preso, pois a Polícia Civil acredita que ele foi o responsável por matar e ocultar o corpo de Pedro Lucas.
Entretanto, o Ministério Público de Goiás (MPGO) afirma que ainda não é possível afirmar se a criança está morta ou foi sequestrada.
Desta forma, o padrasto foi solto dias depois de ser indiciado, pois o órgão pediu a revogação da prisão temporária por não encontrar provas suficientes para responsabilizá-lo pelo crime.
Posteriormente, o MPGO solicitou novas diligências, com oitivas de testemunhas, e remeteu os autos à Delegacia de Polícia. O processo corre em segredo de Justiça.
O órgão ressalta que qualquer nova informação sobre o caso, por menor que seja, deve ser repassada à delegacia ou ao MP, pois podem auxiliar nas investigações.
Telefones para denúncias: 197, (62) 3201-4826 ou (62) 3201-4834.
Investigação
O padrasto de Pedro Lucas passou a ser considerado suspeito depois que a polícia encontrou algumas inconsistências. Uma delas foi a demora para registrar a ocorrência, pois o menino desapareceu no dia 1º, mas o caso só chegou ao conhecimento da polícia quatro dias depois.
Além disso, o padrasto e a mãe do menino mentiram no primeiro depoimento, alegando que demoraram a procurar a delegacia pois imaginavam que ele estava com a avó.
Posteriormente, a mãe contou que mentiu pois estava com medo de perder a guarda dos outros filhos menores.
Outro ponto que chamou a atenção da polícia, foi que o padrasto foi buscar o irmão caçula de Pedro Lucas na escola, no dia do desaparecimento. Normalmente, Pedro Lucas era quem buscava o irmão. Para a polícia, o fato indica que o padrasto sabia que o enteado não poderia ir até a escola.
As investigações apontaram ainda que houve outras contradições, como mensagens trocadas com a avó do menino e ida do padrasto até a residência dela para procurar o menino. Entretanto, a mãe da criança contou que ninguém saiu de casa na noite do desaparecimento.
Durante todo o processo, o homem sempre alegou inocência.
Desaparecimento de Pedro Lucas
Conforme as investigações, Pedro Lucas saiu de casa com o irmão e o deixou na escola, como fazia com frequência. Em seguida, ele ia para outra instituição, onde estudava.
No dia do desaparecimento, o menino chegou a assistir às aulas, mas depois não foi mais visto. Câmeras de segurança registraram as últimas imagens dele antes do desaparecimento.
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