O andarilho preso em Goiás durante o fim de semana é suspeito de matar ao menos 10 pessoas e é considerado como “indivíduo de alta periculosidade”.
Com extensa ficha criminal, ele era um dos criminosos mais procurados no estado nos últimos meses.
Ele, inclusive, foi chamado de ‘novo Lázaro’, em alusão a Lázaro Barbosa, indivíduo que cometeu mais de 30 crimes e ficou mais de 20 dias em fuga da polícia em 2021.
Crimes do andarilho preso em Goiás
O suspeito foi identificado como Antônio Luís Amorim Barbosa, de 35 anos, e é investigado por diversos crimes desde 2015, já tendo sido preso.
Entre os crimes está um assassinato cometido em abril de 2015 em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Três meses depois, ele foi acusado de roubar e matar uma pessoa e ferir outra em Pirenópolis.
Em junho de 2016, ele foi apontado como autor de outro homicídio, desta vez em Anápolis. O crime teria sido cometido por motivo fútil, com traição e emboscada.
À época, ele foi preso na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia. Dentro da prisão ele teria matado um detento.
Em janeiro de 2018 ele foi solto, mas voltou a ser preso em julho de 2019, quando cometeu outro crime dentro da prisão, uma lesão corporal durante um motim dos detentos.
O investigado saiu da prisão novamente em junho deste ano, quando teria voltado a matar. Os últimos homicídios teriam sido cometidos em julho, em Senador Canedo.
Segundo o tenente Chicarolli, da Rotam, o suspeito assassinou a facadas três colegas com quem morava em uma casa de acolhimento.
“Ele morava com essas outras três vítimas, eles recebiam comidas de outras pessoas.”, detalhou o tenente.
Após o triplo homicídio em Senador Canedo, uma força-tarefa entre as forças de segurança pública foi montada para capturá-lo.
Para fugir da polícia, ele usava outros nomes e documentos falsos durante abordagens e se apresentava como pedreiro ou vigia de carros. Ele é investigado por crimes em cidades como Luziânia, Pirenópolis, Anápolis, Senador Canedo e Aparecida de Goiânia.
“Ele possui uma ficha criminal extensa, com cinco homicídios, dois roubos seguidos de morte e uma lesão corporal, o que evidencia o alto grau de periculosidade do indivíduo”, explicou o tenente.
Antônio foi preso no último sábado (26), no Jardim Ingá, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal.
Em nota, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), que atuou na audiência de custódia do suspeito, disse que se manifestará sobre o caso apenas nos autos do processo. Veja a íntegra:
“A Defensoria Pública do Estado de Goiás informa que representa o acusado, cumprindo seu dever legal e constitucional de garantir a defesa de pessoas que não tenham condições de pagar por um profissional particular. Em complemento, destaca que se manifestará sobre o caso somente nos autos do processo.”.