Um jovem de 22 anos confessou que dirigia o caminhão que bateu contra uma viatura e matou quatro policias militares em um acidente registrado em abril deste ano, na BR-364, em Cachoeira Alta, no sudoeste de Goiás.
Inicialmente, outro caminhoneiro havia sido acusado do crime. Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), ele teria assumido a autoria para evitar maiores complicações.
O MPGO detalha que o jovem teria confessado dirigir o caminhão depois que uma outra pessoa ter empresado sua CNH para fazer a retirada de mercadoria e o caminhoneiro ter emprestado o veículo.
Conforme o pedido de prisão emitido pelo MPGO, o homem assumiu a autoria do crime pois o jovem não possuía CNH compatível com a condução de caminhões, que exige categoria “E”, porém ele possui “D”.
“Ficou comprovado que outra testemunha emprestou a CNH para o verdadeiro motorista, que não tinha habilitação para dirigir aquele caminhão. Houve um conluio entre eles para tentar beneficiar essa pessoa e evitar um problema maior”, destacou o promotor Tommaso Leonardi.
Tommaso ainda explicou que o caminhoneiro teria assumido a culpa para evitar complicações legais e com seguro. A tese é contestada pela defesa, que alega que o veículo não possui seguro, apenas o carga era segurada. (Leia nota no final)
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A reviravolta aconteceu depois que duas novas testemunhas apontaram que quem saiu do caminhão após o acidente não era a mesma que foi presa. Um vídeo ainda flagrou o momento.
Com isso, o jovem deverá responder pela morte dos quatro policiais militares e também por fraude processual. Já o caminhoneiro deve ser processado por fraude processual.
“A princípio, entendo que ele praticou fraude processual majorada, porque levou a gente ao erro. Além disso, existe a possibilidade de acusação falsa. Não descarto que ele tenha cometido algo mais grave, uma vez que permitiu que uma pessoa sem habilitação adequada dirigisse o caminhão”, declarou.
Acidente que matou 4 PMs em Goiás
O acidente aconteceu em abril deste ano, quando um caminhão bateu frontalmente contra uma viatura do Comando de Operações de Divisas (COD).
Quatro policiais morreram no acidente: Sargento Gleidson Rosalen Abib; 1º Sargento Liziano José Ribeiro Junior; 3º Sargento Anderson Kimberly Dourado de Queiroz; e Cabo Diego Silva de Freitas.
Segundo as investigações, o caminhão estava acima do limite da velocidade permitida na via e com sobrepeso de carga. Ele teria invadido a faixa contrária.
Nota defesa do caminhoneiro
“A defesa do caminhoneiro Diego Cardoso enfatiza que as novas investigações foram iniciadas através da defesa apresentada, sendo a resposta à acusação apresentada pelas advogadas, Jhoane e Lorena Magalhães, as quais solicitaram inúmeras diligências probatórias para elucidar os fatos, vez que a investigação policial não buscou inquirir testemunhas oculares do sinistro. Foi realizada perícia particular e pedido de acesso às filmagens onde puderam provar a inocência de Diego!”
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