Um professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG) foi exonerado da instituição após ser acusado de crimes sexuais contra alunas.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União do Estado de Goiás na sexta-feira (13). Os crimes foram denunciados em 2023.
Conforme documento no Diário Oficial, o professor por exonerado por “prática das transgressões disciplinares” e não poderá assumir cargo, função, mandato ou emprego público estadual pelos próximos dez anos.
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Sobre a decisão de exoneração, o Portal Dia não conseguiu contato com a defesa do docente. O espaço segue aberto para manifestação. O professor tem 10 dias para recorrer da decisão.
Denúncias contra o professor da UEG
A primeira denúncia contra o professor foi formalizada em junho de 2023, por uma aluna de 24 anos. Ela relatou à Ouvidoria da Instituição e também à Polícia Civil ter sofrido assédio sexual.
Posteriormente, duas ex-alunas do curso de química industrial da universidade também denunciaram o docente pelo mesmo crime, além de assédio moral dentro do campus, em Anápolis.
Conforme relatos das vítimas, que estudaram no local entre 2008 e 2010, o professor se aproveitava da sua posição para fazer investidas de cunho sexual contra elas. Segundo elas, os assédios eram explícitos, inclusive na frente de outros alunos e até mesmo professores.
Em relatos, uma das vítimas disse que o professor encoxava as alunas, dava beijos no pescoço e no ombro, e chegava a apalpar os corpos das vítimas. Outras também alegaram sofrer perseguição dentro da universidade.
À época das denúncias, a defesa do professor disse que as acusações eram fruto de um “rancor” das estudantes por não terem sido aprovadas ou se sentido prejudicadas nas matérias que cursaram com o docente.
Além disso, detalhou que o objetivo das denúncias era sujar a honra do professor, que trabalhou no local desde 1999.
UEG
De acordo com a universidade, foi instaurada uma sindicância para apurar o caso assim que a aluna foi acionada por meio da ouvidoria da instituição. Além disso, detalhou que tomou providências para que o professor não tivesse mais contato com a aluna que formalizou a denúncia.
Veja a íntegra da nota:
“Assim que foi acionada, via ouvidoria, e teve conhecimento das denúncias contra o professor instaurou sindicância para apurar as informações e tomou providências para que o docente não tivesse mais contato com a denunciante;
A partir da sindicância foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que teve o seu relatório final encaminhado à autoridade julgadora em março deste ano. Neste intervalo, foram necessárias diligências complementares que, concluídas, subsidiaram a decisão da autoridade julgadora;
Em meados de agosto o tempo legal de afastamento do docente se encerrou e ele voltou às atividades na Universidade, no entanto, suas atividades ficaram restritas à pesquisa, que é desenvolvida em um laboratório específico;
Nesta sexta-feira,13/09/2024, foi publicado no Diário Oficial do Estado o Decreto, no qual o docente sofreu pena de demissão. A partir da intimação da decisão, o professor terá 10 dias para recorrer.”