Dados da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES) apontam que já foram registradas 381 mortes por dengue em 2024 no estado, o que torna o pior ano da doença já registrado.
Em comparação com o ano passado, quando foram registradas 58 mortes em decorrência da doença, o aumento dos óbitos é de mais de 550%. Até então, o pior ano tinha sido 2022, com 182 mortes.
As cidades com maiores registros de óbitos da doença são: Anápolis (53), Goiânia (41), Luziânia (25), Cristalina (18), Valparaíso de Goiás (15) e Caldas Novas (12).
De acordo com o Comitê Estadual de Investigação de Óbito Suspeito por Arboviroses, 74,6% das mortes por dengue referem-se ao sorotipo 2 da doença, 25,2%, ao sorotipo 1, e 0,1% ao sorotipo 4.
Além disso, conforme os dados da SES-GO, atualizados nesta terça-feira (3), outras 68 mortes estão sendo investigadas. O número total de casos da doença notificados neste ano soma 412.440 e os confirmados totalizam 284.985. Em 2023 foram notificados 124.385 casos da doença e 71.040 confirmados.
Vacinação contra dengue auxilia no controle casos e mortes por dengue
A vacinação contra dengue está disponível em todo o Brasil e é voltada, neste primeiro momento, para crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos.
Desde o início da imunização, em fevereiro deste ano, já foram distribuídas mais de 342 mil doses do imunizante em Goiás, sendo que foram aplicadas 253 mil, sendo 209 mil referentes a primeira dose e 43 mil da segunda. Ou seja, no total, mais de 122 pessoas não retornaram para a segunda aplicação.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a população pode tomar alguns cuidados para prevenir o surgimento de focos da dengue, como: usar repelentes, colocar telas em janelas, remover recipientes que possam acumular água e limpar calhas, lajes e ralos.