No Result
Ver todos os resultados
No Result
Ver todos os resultados
No Result
Ver todos os resultados

Perseguição e assassinato: tudo sobre os policiais condenados por matar cantor em Goiás

Crime ocorreu em outubro de 2012; policias devem cumprir pena em regime fechado.

Por Arieny Alves
Publicado em 30/08/2024 às 16:24
Perseguição e assassinato tudo sobre os policiais condenados por matar cantor em Goiás

Cantor assassinado. Foto: Divulgação

Compartilhe no WhatsappCompartilhe no FacebookCompartilhe no TwitterCompartilhe no Pinterest

Três policiais militares foram condenados a 14 anos e 3 meses de prisão por matar o cantor sertanejo José Bonifácio Sobrinho Júnior, mais conhecido como Boni Júnior, no ano de 2012, em Goiatuba.

Na ocasião, o cantor foi morto com um tiro na cabeça, após bater em uma viatura da Polícia Militar, deixando um policial ferido. O julgamento que ocorreu nessa quarta-feira (28) e que durou cerca de 15 horas, definiu que os policiais irão cumprir pena em regime fechado.

Leia também

Goiânia inicia fiscalização do horário de funcionamento de distribuidoras de bebidas

Goiânia inicia fiscalização do horário de funcionamento de distribuidoras de bebidas

Polícia cumpre mandados contra rede de tráfico em Goiás e mais três estados

Polícia cumpre mandados contra rede de tráfico em Goiás e mais três estados

Relembre o caso

Cantor assassinado
Cantor foi morto com um tiro na cabeça. Foto: Divulgação

Boni Júnior foi morto com um tiro na cabeça e segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), quando o crime aconteceu, a vítima voltava de Panamá rumo a Goiatuba, depois de ter bebido com amigos na cidade vizinha e chamado a atenção de policiais ao dirigir em alta velocidade.

Ainda de acordo com o MP, isso fez com que o policial Aluísio, junto com um companheiro de farda Edson Silva da Cruz, perseguissem Boni pela rodovia.

A denúncia do MPGO afirmou que os dois policiais pediram a ajuda de uma viatura de Goiatuba para interceptar o carro do cantor antes que chegasse à cidade.

A ajuda foi dada por André Luís e outro PM, que tiveram sua viatura atingida pelo carro do Boni. A batida do cantor na viatura deixou um policial ferido e com a batida, o outro policial foi arremessado e teve ferimentos graves.

Segundo as investigações, após socorrer o companheiro, os policiais atiraram na cabeça de Boni Júnior, matando-o na hora.

Cena do crime alterada

Conforme as investigações, após socorrer o companheiro, e atirar na cabeça do cantor, na tentativa de encobrir a real cena do crime, os policiais se juntaram para forjar um confronto, “plantando” uma segunda arma dentro do carro da vítima.

Mas as apurações levaram o promotor Rodrigo Sé Patrício de Barros a denunciar os quatro policiais pela morte do cantor. O policial Edson não foi a júri popular porque morreu durante o curso do processo.

Por sua vez, a família da vítima sempre questionou a versão dos policiais. A mãe do cantor, Terezinha Luiz Vinhal, alegou que o filho não possuía arma.

“Meu filho nunca portou arma de fogo. Ele não era bandido. Era cantor, músico e intérprete. A única arma dele era o violão”, disse na época do crime.

  • Cidades: Goiás decreta situação de emergência em 20 municípios afetados por incêndios

Julgamentos

Assassinato
Cantor sertanejo conhecido como Boni Júnio. Foto: Divulgação

O caso já vem se arrastando desde 2016, quando houve a primeira sessão do júri popular sobre o caso, época em que o conselho concluiu que os policiais mataram o cantor, mas não tiveram a intenção, o que deixou a família da vítima inconformada.

Após o recurso, a decisão do júri chegou a ser anulada pelo Tribunal de Justiça de Goiás, por entender que a decisão foi manifestamente contrária à prova dos autos, e determinaram a realização de um novo julgamento.

Em 2023, a Justiça determinou encaminhamento de cópia do processo à Auditoria Militar para julgamento do crime de fraude processual, já que os policiais alteraram a cena do crime para se protegerem.

Já em 16 de agosto deste ano, o juiz Érico Mercier Ramos decidiu encerrar o caso e arquivar o processo de fraude processual. Foi considerando que o tempo que se passou desde o cometimento do crime, em 2012, até a data atual, já é superior ao período de quatro anos, prazo de prescrição para o crime em questão.

Porém um novo julgamento, realizado no dia 28 de agosto e que durou cerca de 15 horas, o júri não reconheceu as teses de homicídio culposo – quando não há a intenção de matar – defendidas pelos advogados dos policiais, mas reconheceu a qualificadora do uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, da promotoria.

  • Cidades: Inscrições abertas para mais de 660 casas gratuitas em 16 cidades goianas

Veja abaixo a sentença para cada um dos policiais:

Silmar Silva Gonçalves

  • Pena: 14 anos e 3 meses de reclusão em regime inicial fechado.
  • Envolvimento: Foi considerado culpado pelo homicídio qualificado com uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. A tese de homicídio privilegiado sob violenta emoção foi negada pelo júri, assim como a participação de menor importância

André Luiz Rocha

  • Pena: 14 anos e 3 meses de reclusão em regime inicial fechado.
  • Envolvimento: Foi considerado culpado pelo homicídio qualificado sob a qualificadora de uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Assim como no caso de Silmar, o júri negou a tese de homicídio privilegiado e a participação de menor importância.

Aluísio Felipe dos Santos

  • Pena: 14 anos e 3 meses de reclusão em regime inicial fechado.
    Envolvimento: Foi considerado culpado pelo homicídio qualificado com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A tese de homicídio privilegiado foi rejeitada, e o júri também não reconheceu sua participação como sendo de menor importância.

A sentença ainda cabe recurso e após a condenação, a defesa dos três policiais alegou que irá recorrer a decisão.

Tags: assassinatocantor sertanejocondenaçãogoiásperseguiçãopoliciais

Notícias relacionadas

Grupo é preso em operação contra golpes de placas solares em Goiás e Minas Gerais

Grupo é preso em operação contra golpes de placas solares em Goiás e Minas Gerais

Cinco pessoas foram presas nesta terça-feira (2) suspeitas de integrar um grupo criminoso especializado em aplicar golpes envolvendo a...

Um avião que transportava o deputado estadual Carlos Avallone (PSDB-MT) precisou realizar um pouso de emergência nesta quarta-feira (3) em Aragarças, no oeste de Goiás, após apresentar falha no trem de pouso.

Aeronave com o deputado de Mato Grosso realiza pouso de emergência em Goiás

Um avião que transportava o deputado estadual Carlos Avallone (PSDB-MT) precisou realizar um pouso de emergência nesta quarta-feira (3)...

Siga o Portal Dia nas redes sociais

Sobre o Dia

  • Anuncie no Dia Online
  • Quem somos
  • Expediente
  • Contato
  • Trabalhe Conosco
  • Transmita ao vivo

Editorias

  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Educação
  • Entretenimento
  • Esportes
  • Gastronomia
  • Mercado de Trabalho
  • Mundo
  • Política
  • Saúde
  • Trânsito
  • Uncategorized
  • Anuncie no Dia Online
  • Quem somos
  • Expediente
  • Contato
  • Trabalhe Conosco
  • Transmita ao vivo

Redes Sociais

© 2025 - Todos os direitos reservados.

Segurança e Privacidade

No Result
Ver todos os resultados
  • Home
  • Últimas Notícias
  • Editorias
    • Cidades
    • Brasil
    • Mundo
    • Política
    • Economia
    • Entretenimento
    • Trânsito
    • Saúde
    • Esportes
    • Educação
    • Gastronomia
    • Mercado de Trabalho
    • Mundo
    • Política
  • DiaPlay
  • Anuncie
  • Contato

© 2025 Todos os direitos reservados.

No Result
Ver todos os resultados
  • Home
  • Últimas Notícias
  • Editorias
    • Cidades
    • Brasil
    • Mundo
    • Política
    • Economia
    • Entretenimento
    • Trânsito
    • Saúde
    • Esportes
    • Educação
    • Gastronomia
    • Mercado de Trabalho
    • Mundo
    • Política
  • DiaPlay
  • Anuncie
  • Contato

© 2025 Todos os direitos reservados.