O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) informou que a nuvem de fumaça que amanheceu encobrindo o céu durante o fim de semana segue em parte do estado ainda nesta segunda-feira (26).
A região mais afetada de Goiás foi a Centro-Sul, entretanto, parte da Noroeste também foi atingida. O Nordeste é a localidade menos afetada.
De acordo com o Cimehgo, a expectativa é que a fumaça comece a se dissipar a partir de quarta-feira (28), melhorando de forma gradual. Entretanto, segundo o gerente do órgão, André Amorim, depende muito dos ventos e da circulação de ar na região.
Amorim destaca que, além das queimadas, a condição foi causada também pelo avanço de uma frente fria, que alterou o fluxo dos ventos e espalhou a fumaça as queimadas que foram registradas no Norte do país e também em Goiás.
Conforme o Corpo de Bombeiros, no sábado (24) foram combatidos vários focos de incêndio no estado, o que também pode ter contribuído para a nuvem de fumaça.
No domingo (25), dois incêndios foram registrados em matas em Goiânia, uma na Vila Romana, próxima à BR-153, e o outro na Vila dos Alpes, próximo à Marginal Cascavel. Segundo os bombeiros, ambos já estavam controlados na manhã desta segunda (26).
Por causa da nuvem de fumaça, 26 voos foram cancelados no Aeroporto Internacional Santa Genoveva, em Goiânia. Desses, 13 tinham Goiânia como destino. Já os voos cancelados que saíram de Goiânia tinham como destino as cidades de Confins (MG), Congonhas (SP), Viracopos (SP), Guarulhos (SP) e Galeão (RJ).
O aeroporto voltou a operar normalmente nesta segunda-feira (26), sem registros de voos cancelados, segundo a assessoria do terminal.
Nuvem de fumaça pode causar riscos à saúde
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta a população sobre a importância de adotar medidas preventivas para manter a saúde durante o período crítico enfrentado por Goiânia e outras regiões do estado.
A situação é agravada pela presença de intensa fumaça decorrente de queimadas, baixos índices de umidade do ar e altas temperaturas. Essas condições podem aumentar o risco de problemas respiratórios, desidratação e outras complicações, afetando especialmente grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas.
Recomendações:
- Hidrate-se: É importante beber muita água ao longo do dia. A hidratação é fundamental para compensar a perda de líquidos pelo corpo.
- Evite exposição ao sol: Sempre que puder, evite a exposição direta ao sol, especialmente nas horas mais quentes do dia, entre 10h e 16h. Utilize protetor solar, roupas leves e chapéus.
- Fique em ambientes fechados: Tente permanecer em locais fechados e bem ventilados para reduzir a inalação de fumaça e a exposição a poluentes no ar. Se necessário, utilize umidificadores de ar ou coloque bacias com água nos cômodos.
- Proteja as vias respiratórias: Se precisar sair de casa, use máscaras para proteger as vias respiratórias da fumaça e dos poluentes. Evite atividades físicas intensas ao ar livre.
- Cuidado com os sintomas: Esteja atento a sinais de desidratação, como boca seca, sede excessiva, urina escura ou em pouca quantidade. Além disso, tosse seca, falta de ar, dor de cabeça e irritação nos olhos podem ser indicativos de problemas respiratórios. Em caso de sintomas mais graves, procure atendimento médico.
- Atenção redobrada com crianças e idosos: Esses grupos são os mais suscetíveis às condições atuais. Garanta que eles estejam bem hidratados e em ambientes protegidos.