Um levantamento realizado pelo Índice de Progresso Social Brasil (IPS Brasil) 2024 revela um ranking com as 10 cidades com melhor qualidade de vida em Goiás.
O estudo aponta o desempenho dos 246 municípios de Goiás segundo indicadores socioambientais. O novo índice analisou de forma detalhada de todos os municípios do estado, destacando as áreas de excelência e apontando onde são necessárias melhorias.
A ferramenta de gestão territorial utiliza dados públicos para avaliar, em uma escala uniforme, se as pessoas dispõem do necessário para prosperar, abrangendo desde necessidades básicas, como moradia, alimentação e segurança, até o acesso à informação e comunicação, e se são tratadas com equidade, independentemente de gênero, raça ou orientação.
Goiânia está no topo do ranking, seguida pelos municípios de Goianésia e Nova Aurora. No outro extremo, o município com pior resultado foi Mundo Novo, seguido por Colinas do Sul e Gouvelândia.
10 cidades com melhor qualidade de vida em Goiás
Goiânia obteve a maior pontuação do estado de Goiás, alcançando 70,49. Classificada como a segunda capital mais bem avaliada no ranking do IPS, seus principais destaques positivos estão nas dimensões de Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades, com notas de 72,63 e 58,28, respectivamente.
Nos Fundamentos do Bem-estar, os melhores indicadores da cidade incluem baixo índice de abandono no Ensino Fundamental, alta densidade de internet banda larga fixa, densidade de telefonia móvel e amplas áreas verdes urbanas.
Na área de Oportunidades, os principais destaques são: acesso a programas de Direitos Humanos, existência de ações para direitos de minorias, atendimento adequado à demanda da justiça, baixa taxa de congestionamento de processos, acesso a cultura, lazer e esporte, baixo índice de gravidez na adolescência (menores de 19 anos), número de empregados com ensino superior, mulheres empregadas com ensino superior, e a nota média no ENEM.
Quanto à dimensão de Necessidades Humanas Básicas, Goiânia apresentou um desempenho neutro, com uma nota de 80,56. Todos os indicadores dessa área na capital tiveram resultados neutros, como cobertura vacinal (Poliomielite), hospitalizações por condições sensíveis à atenção primária, mortalidade ajustada por essas condições, mortalidade infantil até cinco anos, subnutrição, abastecimento de água por rede de distribuição, esgotamento sanitário adequado, índice de abastecimento de água e outros.
Mundo Novo, situado a 419 quilômetros de Goiânia, foi o município com o pior desempenho no estado de Goiás, segundo o IPS Brasil 2024. Com uma nota de 49,06, a cidade enfrenta desafios em várias áreas, como esgotamento sanitário adequado, mortes por acidentes de trânsito, assassinatos de mulheres, cobertura de internet móvel (4G/5G), mortalidade entre 15 e 50 anos, áreas verdes urbanas, atendimento à demanda de justiça, gravidez na adolescência (menores de 19 anos) e nota média no ENEM. O único ponto positivo para Mundo Novo foi o baixo índice de abandono no Ensino Médio.
Veja o ranking
Cidades com melhor qualidade de vida
- Goiânia: 70,49
- Goianésia: 65,85
- Nova Aurora: 65,69
- Catalão: 65,35
- Urutaí: 65,11
- Cachoeira Dourada: 65,10
- Alto Horizonte: 65,04
- Ceres: 64,99
- Lagoa Santa: 64,98
- Itumbiara: 64,82
Cidades com pior qualidade de vida
- Caldazinha: 52,86
- Paranaiguara: 52,20
- Nova Crixás: 51,74
- São Miguel do Passa Quatro: 51,65
- Monte Alegre de Goiás: 51,64
- Baliza: 51,63
- Bonópolis: 51,52
- Gouvelândia: 50,35
- Colinas do Sul: 49,28
- Mundo Novo: 49,06
IPS Brasil
O IPS Brasil é a primeira implementação da metodologia internacional Social Progress Imperative em todo o território brasileiro. Desde 2014, essa metodologia coordena e divulga o IPS Global, que avalia o progresso social dos países. A partir de 2024, o IPS Brasil será atualizado anualmente, permitindo a comparação do desempenho socioambiental dos municípios ao longo do tempo.
Para fornecer uma visão completa da qualidade de vida nos municípios, o IPS analisa uma série de indicadores agrupados em três grandes dimensões. Cada indicador passa por um processo rigoroso de modelagem estatística, que inclui a normalização dos dados para torná-los comparáveis, validação da qualidade estatística, definição de valores máximos e mínimos, e atribuição de pesos a cada indicador dentro dos componentes.
O índice varia de zero (pior) a 100 (melhor) e representa a média simples dos índices de progresso social nas três dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos para o Bem-estar e Oportunidades.
No total, foram utilizados 53 indicadores, todos secundários e provenientes de fontes oficiais e institutos de pesquisa, como DataSUS, Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, Conselho Nacional de Justiça, Mapbiomas, Anatel, CadÚnico, Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, entre outras.