Com uma vida marcada pela comunicação televisiva, Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos, também já se aventurou na política e tentou se eleger aos cargos de Presidente da República e prefeito de São Paulo.
Silvio Santos na política
Em 1989, Silvio Santos lançou sua candidatura à presidência do Brasil, que foi anunciada em um de seus programas, gerando uma enorme repercussão. À época, Silvio era uma das figuras mais conhecida da televisão brasileira, com grande popularidade entre as classes menos favorecidas.
Rapidamente, pesquisas pré-eleitorais indicaram que ele possuía quase 30% das intenções de voto no país.
A candidatura, que pegou muitos de surpresa, ocorreu após o Partido da Frente Liberal (PFL), um dos maiores do Brasil na época, enfrentar dificuldades na campanha, com seus representantes mal ultrapassando 5% nas pesquisas.
A menos de um mês do primeiro turno, o partido decidiu lançar Silvio como candidato. Embora fosse filiado ao PFL desde o ano anterior, Silvio concorreu pelo Partido Municipalista Brasileiro (PMB), hoje extinto.
No entanto, a candidatura de Silvio não seguiu adiante, pois foi impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O motivo foi que o PMB não havia cumprido os requisitos legais para participar do pleito. Além disso, outro fator relevante era que o apresentador tinha o controle da emissora SBT.
Se a candidatura tivesse seguido conforme o planejado, Silvio disputaria a primeira eleição direta após a ditadura militar contra nomes como Fernando Collor de Mello (PRN), que venceu a eleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Paulo Maluf (PDS) e Leonel Brizola (PDT).
Em 1992, Silvio Santos tentou disputar a Prefeitura de São Paulo, mas acabou em confusão. Na época, ele era filiado ao PFL e buscava ser o candidato do partido nas eleições municipais.
Contudo, a falta de apoio dentro da legenda gerou conflitos durante a convenção, o que acabou inviabilizando seu projeto político. No final, Arnaldo Faria de Sá foi escolhido como o candidato do PFL na disputa, que foi vencida por Paulo Maluf, do PDS.