Uma reviravolta marca o caso do policial militar (PM) Clédio Vilela Cardoso, de 53 anos, que teve o corpo devorado por cães em uma fazenda localizada em Pirenópolis, a cerca de 150 km de Goiânia.
Inicialmente tratada como possível mal súbito, a morte passou a ser investigada como homicídio, após laudo pericial identificar que ele foi atingido com um disparo frontal na cabeça.
De acordo com o delegado Tibério Martins, responsável pelo caso, a investigação agora será tratada como homicídio e buscará procurar eventuais envolvidos para a devida responsabilização criminal, além de esclarecer a motivação.
Apesar do laudo ter apontado um tiro frontal, não foi informado se o mesmo foi a causa da morte ou se o disparo aconteceu após a morte do militar.
O investigador detalha que o crime é complexo, pois aconteceu em uma zona rural, longe de testemunhas ou imagens de câmeras de segurança.
Relembre o caso do PM que teve corpo devorado por cães
O corpo do militar, de 53 anos, foi encontrado em abril deste ano na fazenda onde morava. A ossada estava caída na área externa da casa, ao lado de uma mesa. No local, os policiais encontraram um caderno onde ele fazia anotações e a chave do carro.
“Na mesa tinha um caderno onde ele estava anotando algumas coisas e a chave do carro. Provavelmente, ele teve um mal súbito e caiu da cadeira”, disse o investigador na época.
À época, o delegado também detalhou que o policial criava seis cachorros na fazenda, mas eles estavam sem comida há pelo menos duas semanas, o que pode ter levado os animais a devorarem o corpo.
O caso só foi descoberto depois que conhecidos sentiram falta dele na igreja há algumas semanas e foram na fazenda verificar o que tinha acontecido.
As apurações apontam que o Clédio entrou na Polícia Militar em 2020 e estava na reserva. Segundo o delegado, o PM foi morar na fazenda depois que perdeu o filho, em 2019.