O homem que dopou, sequestrou e estuprou uma menina de 12 anos na saída da escola em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, foi condenado a 45 anos e 9 meses de prisão.
A ex-namorada dele, que teria ajudado no sequestro da menor, também foi responsabilizada pelo crime e condenada a 29 anos e dois meses.
Ambos foram condenados a pagar R$ 80 mil cada um como compensação financeira pelos danos morais e estéticos sofridos pela vítima.
Conforme a sentença, a mulher responde ao processo em liberdade e poderá recorrer da decisão na mesma condição. O homem, por sua vez, não terá direito de recorrer em liberdade. A defesa afirmou que não concorda com a decisão e vai recorrer.
A decisão é do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e foi proferida pelo pelo 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Brasília, na tarde de quarta-feira (18).
Relembre o caso do homem que estuprou e sequestrou menina em mala
O caso aconteceu no final de junho do ano passado, quando a menina, à época com 12 anos, foi dopada, sequestrada, colocada em uma mala e abusada sexualmente.
De forma premeditada, os acusados rodaram pelo Jardim Ingá, em Luziânia, em busca de uma vítima e encontraram a menor voltando sozinha da escola. O homem então rendeu a menina e a mulher a dopou com clorofórmio.
Em seguida, eles levaram a menina para um matagal, a algemaram pelos pés e mãos e colocaram-na em uma mala de viagem.
O homem então seguiu para Cidade Ocidental, onde deixou a namorada, e depois foi para seu apartamento, na Asa Norte. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento que o homem chegou ao local e desceu do carro com a menina dentro da mala.
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De acordo com a Polícia Militar, a criança foi encontrada seminua, com escoriações pelo corpo e algemada pelos pés.
No apartamento dele foram encontrados diversos objetos, como máquinas de choque, câmeras fotográficas, objetos sexuais, materiais pornográficos, cordas, algemas, galão com combustível e até uma estufa para produção de maconha.
À época do crime, o homem havia alegado que tinha problemas psicológicos e, por isso, praticava esse tipo de abuso contra menores e precisava de uma “intervenção” para frear o “ímpeto”.