Um funcionário de um hospital foi preso suspeito de estuprar crianças, em Goiânia. Ele, inclusive, teria dito a mãe de uma das vítimas que queria ‘cuidar’ da menina.
O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia, que já identificou ao menos três vítimas.
Entenda o caso funcionário de hospital suspeito de crimes sexuais
De acordo com a Polícia Civil de Goiás, o homem é técnico em segurança do trabalho e atua em um hospital público em Goiânia.
Ele se aproveitava das informações recebidas na unidade de saúde para identificar famílias com vulnerabilidade dos pais que precisam se ausentar para acompanhar entes em internação em hospitais.
Diante disso, ele entrava em contato, com o pretexto de que poderia ajudar a “cuidar dar crianças” e se aproveitava para abusar delas. Os crimes eram cometidos nas casas das vítimas.
O caso foi descoberto depois que o Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso de uma criança de 4 anos, que estava com escoriações nas partes íntimas.
A mãe da criança relatou que havia recebido uma ligação de um funcionário do hospital que dizia que poderia ajudar a cuidar da criança. O homem então alegou que o número havia sido repassado pelo Conselho Tutelar, o que não aconteceu, conforme a conselheira tutelar Érika Reis.
O caso então foi encaminhado à DPCA para investigação. O suspeito foi preso na última quinta-feira (8), suspeito de estupro de vulnerável e aliciamento de criança para praticar ato libidinoso.
Além disso, segundo a polícia, o homem é um criminoso sexual e é investigado por outros crimes semelhantes contra crianças e adolescentes.
Como não teve o nome divulgado, o Portal Dia não conseguiu localizar a defesa do suspeito.
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Hecad
Após ser vinculado com o caso, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) afirmou que o técnico de segurança do trabalho nunca fez parte do quadro de funcionários da instituição e também não teve acesso aos dados pessoais de pacientes da unidade.
Além disso, a unidade também informou que o homem não acessou a unidade como responsável, visitante ou acompanhante de nenhum paciente.
A Polícia Civil também confirmou que o suspeito não atuava no Hecad, entretanto, não divulgou o nome do hospital onde o homem trabalhava.
Em nota, o Hecad disse que atendeu a criança que teria sido vítima do suspeito e seguiu todos os protocolos direcionados à vítimas de abuso sexual,
“O hospital informa que é a unidade de referência para assistência em saúde a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e que, por isso, prestou atendimento à criança citada pela reportagem. O atendimento seguiu todos os protocolos direcionados à vítimas de abuso sexual, inclusive com a realização de exame de corpo de delito”, disse em nota.