O motorista do carro de luxo suspeito de atropelar e matar o vigilante Clenilton Lemes Correia, de 38 anos, foi solto da prisão pela segunda vez, após uma decisão da Justiça de Goiás.
O atropelamento aconteceu no dia 9 de junho deste ano, na GO-020, no Alphaville Flamboyant, em Goiânia, quando o vigilante ia para o trabalho.
A decisão que determinou a soltura do vigilante foi publicada nesta quinta-feira (8) pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva.
No documento, o magistrado destacou que o suspeito não tentou fugir da responsabilidade do caso ou atrapalhar as investigações. Além disso, detalhou que mesmo que o motorista seja condenado, até então não será em regime fechado.
“Este juízo não vislumbra mais a necessidade de se manter a segregação cautelar do indicado para garantia da aplicação da lei penal […]. Outrossim, a reprovabilidade da conduta, por si só, não enseja a necessidade da prisão do acusado para a garantia da ordem pública”, escreveu.
Na decisão, o juiz ainda determinou que sejam aplicadas medidas cautelares diversas, como a proibição de dirigir e frequentar eventos openbar, bares, botequins e similares.
O motorista indiciado pela morte do vigilante ainda deve comparecer mensalmente na escrivania até o 5º dia útil de cada mês e também a todos os atos do processo; não pode se mudar sem informar o juízo; precisa cumprir e recolhimento domiciliar noturno; e não pode se ausentar da comarca de Goiânia sem prévia comunicação de juízo.
Primeira prisão do motorista do carro de luxo
A primeira prisão foi efetuada horas após o crime, entretanto ele foi solto após passar por audiência de custódia. A decisão considerou o fato dele ter residência fixa, empresa e ser réu primário.
Posteriormente, o Ministério Público de Goiás (MPGO) solicitou uma nova análise da liberdade provisória do indiciado, que acabou sendo deferida pela Justiça e determinada a prisão dele.
Na decisão, o juiz Murilo Vieira considerou os fatores atenuaram o caso, como ter acontecido de madrugada, com embriaguez, omissão de socorro, fuga para esconder o veículo e recusa de realizar o exame de alcoolemia.
Conforme as investigações da Polícia Civil, o motorista dirigia bêbado e em alta velocidade quando atropelou o vigilante. Diante dos fatos, ele foi indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
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