As equipes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e da Secretaria de Estado de Saúde (SES) iniciaram uma investigação após registro de surto de Doença Diarreica Aguda (DDA) em moradores da cidade de Campos Belos, no nordeste goiano.
Segundo a Semad, a doença é causada por microrganismos infecciosos, através, por exemplo, do consumo de água e alimentos contaminados. Desta forma, as autoridades estão verificando as possíveis fontes de contaminação que possam estar contribuindo para o surto.
De acordo com Lorena Nunes Mota, gerente de regulação de internações da SES, a investigação do surto permanece em andamento para identificar e interromper a cadeia de transmissão o mais rápido possível. Enquanto isso, é fundamental que a população tenha consciência sobre o uso de água potável.
“Caso não utilize água tratada, é fundamental realizar o tratamento intradomiciliar da água para evitar qualquer risco à saúde”, afirma Lorena.
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Possíveis causas do surto de doença diarreica aguda
A gerente de regulação destaca que a água fornecida pela Saneago para a cidade foi testada e está conforme os padrões de potabilidade.
No entanto, amostras de água coletadas de poços artesianos de residências mostraram a presença da bactéria Escherichia coli, o que sugere contaminação fecal.
A principal suspeita é que efluentes residenciais não tratados podem ter contaminado o lençol freático. Entretanto, outras possibilidades também estão sendo analisadas. Na cidade, os moradores contam com ponto coletivo para coleta de água, sem custo.
“A principal suspeita é que o lençol freático tenha sido poluído por fossas irregulares, que são buracos feitos no solo, sem nenhum tipo de cuidado, para depositar fezes e outros tipos de dejetos.”, destacou a Semad.
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Após a fiscalização, foi realizada uma reunião entre a Semad, Saneago, SES, Ministério Público (MP), o prefeito de Campos Belos, Pablo Geovanni, e o presidente da Câmara Municipal da cidade, Carlinhos do América.
A Saneago ofereceu apoio técnico para realizar o tratamento da água dos poços artesianos na cidade e, após esse tratamento, a água deverá ser monitorada constantemente pelo Vigiágua, programa do Ministério da Saúde (MS) que visa auxiliar o gerenciamento de riscos à saúde associados à qualidade da água para consumo humano.
Segundo a Semad, todos os poços artesianos devem estar regularizados, necessitando de Outorga, que é a autorização que garante o uso da água de forma correta e segura. A solicitação pode ser feita pelo sistema Web Outorga.