Um padre foi preso após ser flagrado dirigindo bêbado na GO-010, em Bonfinópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. O caso aconteceu no último domingo (28).
Segundo os policiais que atenderam a ocorrência, ele também estava portando uma arma de fogo, teria tentado subornar a equipe policial e também feito ameaças.
O padre exerce a função de administrador paroquial em uma paróquia de Bonfinópolis.
Entenda o caso do padre que foi preso após ser flagrado dirigindo bêbado
O caso começou depois que o padre foi visto dirigindo em zigue-zague na pista. Informações apontam que ele quase atropelou dois ciclistas que passavam pela região.
Durante a abordagem, o padre confessou que havia ingerido bebida alcoólica em um pesque-pague e, inclusive, foi encontrada uma lata de cerveja dentro do carro. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro. (Veja vídeo abaixo)
“Eu sou a padre da cidade. Eu só vim um pouco embriagado de lá, do pesque-pague. Sei que estou errado, eu bebi um pouquinho”, disse.
Conforme o boletim de ocorrências, o padre também teria se recusado a entregar os documentos. Segundo os militares que realizaram a abordagem, o padre ainda teria tentado subornar a equipe para que ele pudesse ser liberado.
“Eu pago o valor que vocês quiserem, mas por favor, só me acompanhem até à minha casa para que eu possa dormir. Quem você acha que é? Eu tenho influência”.
Os relatos da Polícia Penal também detalham que o padre teria feito ameaças. No vídeo gravado pela equipe, ele diz “não quero fazer mal para vocês não, eu sou o padre da cidade”.
“Eu sou o padre famoso que aparece no jornal, vocês vão se arrepender de fazer isso.”, teria dito aos policiais.
No carro do padre também foi encontrada uma arma de fogo com 17 munições, que foi apreendida juntamente com o veículo. Tudo foi levado para a delegacia de Senador Canedo.
Conforme a Polícia Penal, o padre ainda teria desacatado uma policial devido seu gênero. Ela conduzia o carro da equipe.
Nos vídeos registrados no momento da abordagem, o religioso ainda acusou a equipe de mentir no registro da ocorrência, colocando fatos que não aconteceram.
Segundo o registro da ocorrência, ele foi autuado e deve responder por uso de arma de fogo de uso restrito, conduzir veículo automotor sob influência de álcool, lesão corporal, desacato e ameaça.
A defesa do suspeito disse, à TV Anhanguera, que vai provar a inocência do padre no decorrer do processo e questionou os possíveis abusos de autoridade por parte dos policiais.
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Confusão
O padre já havia se envolvido em outra polêmica em novembro de 2022. Durante uma missa em Nerópolis, ele bateu boca com um fiel por questões políticas.
À época, ele disse que “quem tivesse votado no Lula poderia ir embora”. Em seguida, após iniciar a discussão, ele tirou a batina e foi embora, dizendo que “eles não precisavam de padre”.
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